"A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."

(Graciliano Ramos)



terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Código Brasileiro de Trânsito - Resumo

O amigo Rogério Leite de Recife preparou esse pequeno manual, publicado originalmente no seu blog Pedalando e Olhando.


CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
Amigos...

Abaixo um extrato do CTB aonde se fala a palavra BICICLETA ou CICLISTA. Grifos são meus. Observem seus direitos e cobrem de seus representantes MUNICIPAIS [Você ainda sabe em quem votou para vereador e prefeito não sabe? Ou vc é um péssimo cidadão - ser cidadão é ser capaz de ser votado e de votar em seus representantes, mas também controlar o que estas "figuras" fazem com o SEU dinheiro, aquele suadissimo que vc luta para ganhar e o governo para "abocanhar" a parte do Leão!!! Portanto, FIQUE ESPERTO e encha a caixa de emails deles com MUITAS COBRANÇAS, TODOS OS DIAS... a gente ainda quer que Recife fique melhor para quem pedala não?

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LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997.
Institui o Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
...
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas;
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Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:
...
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veículos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da circulação e da segurança de ciclistas; [NÃO É DUPLICADO... É CONFUSO MESMO!!! SÃO OS ÓRGÃOS EXECUTIVOS DO MUNICÍPIO - PREFEITO E VEREADORES - E OS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO DO MUNICÍPIO - CTTU E DETRAN!!!]
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Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
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Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem.
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Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores. [TEMOS PREFERÊNCIA SE NÃO HOUVER CICLOFAIXA!!!!]
...
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o trecho com ciclofaixa.

Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a circulação de bicicletas nos passeios.
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CAPÍTULO IV
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS
Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
§ 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres.
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Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
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VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado esquerdo.
...
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Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta:
Infração - média;
Penalidade - multa.
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Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito:
...
XIII - ao ultrapassar ciclista:
Infração - grave;
Penalidade - multa;
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Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação desta, ou de forma agressiva, em desacordo com o disposto no parágrafo único do art. 59:
Infração - média;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante recibo para o pagamento da multa.
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ANEXO I
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES
Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições:
ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim.
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas rodas, não sendo, para efeito deste Código, similar à motocicleta, motoneta e ciclomotor.
BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao estacionamento de bicicletas.
PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.

sábado, 19 de dezembro de 2009

ENTREVISTA - ANDRÉ PASQUALINI

Entrevista publicada originalmente no site Planeta Sustentável em 08/10/2009 às 10:00 por Thiago Guimarães.

“Parece que a CET está incomodada com a ciclofaixa”

Hoje a conversa é com André Pasqualini. Se você acompanha as notícias sobre mobilidade urbana na cidade de São Paulo, deve associar esse nome a diversos acontecimentos. André é o cicloativista que foi preso no ano passado por ter ficado pelado na Avenida Paulista, no ano passado. Ele também é responsável pelo site CicloBR focado em ciclismo urbano e fonte para diversos meios de comunicação quando o assunto é bicicleta. André começou há pouco a escrever às terças-feiras para o jornal Destak. Próximo projeto: criar um instituto para promover deslocamento sustentáveis nas cidades brasileiras. A entrevista (realizada em 28 de setembro, graças à telefonia em banda larga) gira em torno do cicloativismo e da controversa relação com a CET em São Paulo. Confira.

Desde quando você é ciclista?
Pedalo desde 1993. Um amigo que fazia passeios nos finais de semana me ajudou a comprar uma bicicleta. Começamos a andar num raio de 30 ou 40 quilômetros de São Paulo, na região do ABC. Para me preparar melhor para essas viagens, comecei a fazer o percurso casa-trabalho duas ou três vezes por semana também de bicicleta. Depois comecei a fazer viagens beirando o rio Tietê. Hoje moro a 20 km do centro. Toda vez que saio de casa rodo 50 km com a bicicleta.

E desde quando você é um cicloativista?
Em 2004 entrei para o grupo de trabalho de bicicletas da ANTP. Foi nessa época que comecei a ter contato com ativistas mais antigos e com participantes da Bicicletada. Antes, não era apaixonado por carro, mas achava que o carro era algo que as pessoas deveriam ter. O cicloativismo condena a preferência pelo carro.
Caiu a ficha quando percebi que eu mesmo dava o exemplo. Pelo site CicloBR (que surgiu como site de cicloturismo em 2001 para documentar as viagens de bicicletas que fazia), tenho contato com muitas pessoas. Uma vez, um médico de Pouso Alegre (MG) me escreveu agradecendo. Ele recomendava mais atividade física a seus pacientes, mas fazia seu trajeto de dois quilômetros, de sua casa ao consultório, de carro. Ele começou a pedalar por causa dos textos que questionavam a dependência ao automóvel. Eu tinha conseguido influenciar o médico.
Inclusive acho legal o termo “cicloativismo”. Defendo a mobilidade sustentável, mas defendo muito a bicicleta. A bicicleta aponta uma solução e é uma bela ferramenta para mudança cultural na cidade. Ela humaniza e, no final, vai beneficiar o pedestre.

Em comparação com outras cidades, pedalar em São Paulo requer algo especial?
Já pedalei em Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro, Sorocaba... Posso dizer que, para o ciclista, São Paulo são duas cidades. No centro expandido, há mais respeito, o índice de acidentes é menor. Na periferia é bem mais perigoso. Por quê? Porque onde há mais congestionamento é mais seguro. Carro parado e poste não machucam ninguém. Por isso, eu me sinto mais seguro quando cruzo a fronteira do centro expandido. O Rio de Janeiro tem ciclovia na orla. Mas saindo de lá, é horrível. Mesmo em Curitiba, eu tinha de andar na mesma velocidade do carro para me dar bem.

Qual o melhor momento para começar a andar de bicicleta em São Paulo? Ainda quando criança ou já adulto, quando se tem mais consciência dos perigos da cidade?
Ontem levei meu filho de três anos para a ciclofaixa (foto). Já pedalei com crianças de dez a doze anos. Acho que, primeiro, o ciclista ou o responsável tem que ter conhecimento do trânsito e das condições em que se pedala. É importante conhecer as leis de trânsito, trocar experiência com amigos, pesquisar na internet. O melhor caminho é procurar fazer amizade com ciclistas com alguma experiência. Acho importante que todos os motoristas pedalem para sentir o que os ciclistas sentem.

Cicloativistas dizem participar de uma rede horizontal, aberta, não hierárquica. Como funciona essa rede, na prática?
Horizontal, aberta e não hierárquica é a Bicicletada, o encontro de ciclistas – inclusive iniciantes – que acontece toda última sexta-feira do mês e que atrai, em São Paulo, cerca de 500 pessoas. Mais de trezentas pessoas acompanham e cem participam ativamente do grupo de discussão da Bicicletada. O site é mantido por alguns ciclistas, reconheço que as discussões são moderadas... Já os cicloativistas, no geral, não são organizados. Nesse momento, há uma busca por mais organização. Está sendo formada a Associação dos Ciclistas de São Paulo, uma organização inspirada no modelo da Bicicletada. Porque, no final das contas, alguém tem que responder oficialmente por ações junto ao Ministério Público, junto à Prefeitura... O movimento precisa de lideranças e do reconhecimento de responsabilidades. Agora estou o transformando o CicloBR em um instituto de deslocamento sustentável. Cicloativismo envolve um trabalho educativo. Não é só atirar pedra que vai resolver.

Os cicloativistas andam costantemente no limiar da legalidade: instalam placas clandestinas, pintam faixas sem ter oficialmente essa incumbência, despem-se inteiramente para protestar... O caminho de buscar soluções pelo diálogo está esgotado?
Em hipótese alguma. Mas é necessário deixar claro que existem muitas coisas ilegais. Não se pode construir ponte ou avenida sem ciclovia e sem atentar à segurança de todos. Pintar uma faixa que o poder público deveria pintar não é tão ilegal assim. Atitudes como essa até ajudam pessoas no poder público que são a favor de um transporte mais humano. No fundo, pode até ser ilegal, mas salva vidas. Onde o símbolo da bicicleta está pintado no chão não ocorre acidente. É algo que a prefeitura deveria fazer.

Você já pagou a multa que a CET enviou no ano passado?
Claro que não. Na verdade, a cancelou a multa. Já pedi um comprovante formal do cancelamento, mas eles ainda não enviaram. No Brasil, não há uma definição de obscenidade. Se eu fosse para a Justiça, dificilmente seria condenado. A lei é de 1940 e alguns juízes nem consideram mais crime ficar pelado como forma de protesto. Além disso, havia outras pessoas nuas em minha volta. Mas a polícia achou que eu era o organizador de um evento. Dias antes, havia respondido um e-mail da polícia. No World Naked Bike Ride de 2008, eu estava lá, mas nem iria tirar a roupa. Só que todo mundo começou a tirar a roupa. A polícia não esperava isso. Então o que fez a polícia? Prendeu um suposto organizador para quebrar o movimento. Foi uma questão de metros entre eu ter tirado a tanga e ter recebido a voz de prisão. Nesse ano, os policiais estavam muito mais preparados para oprimir qualquer nudez. Mas os ciclistas combinaram se dispersar na Avenida Paulista e se reencontrar em frente ao Monumento das Bandeiras, despistando a polícia. A partir de lá, os ciclistas conseguiram tirar a roupa e seguiram pedalando pela cidade.

Aliás, como vai o relacionamento dos ciclistas com a CET atualmente?
As condições para o ciclismo em São Paulo não são desenvolvidas por causa da CET. A CET não quer motivar as pessoas a usar a bicicleta. Não sei por quê. Mas se quisesse, poderia desenvolver com maestria. Tecnicamente eles são muito bons. Agora querem fazer mais 40 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas na cidade. Pegaram a Pesquisa Origem-Destino e identificaram as regiões com mais deslocamentos de ciclistas. Lá farão ciclofaixas. Eu discordo desse método. Deveriam levar em conta os acidentes envolvendo ciclistas. Afinal, as ciclovias vão provocar um aumento do fluxo de ciclistas. Mas ao final da ciclovia, os ciclistas terão de encarar o trânsito junto com os motoristas. É aí que o risco de acidentes pode aumentar. Tenho a esperança de que um corpo técnico especializado construa ciclovias na cidade inteira. Também na operação das ciclofaixas, a CET mostra sua filosofia de priorizar a fluidez. Já vi a CET, nos acessos à Marginal do Pinheiros, multando condutores de automóvel por desrespeito ao rodízio, mas deixando de ajudar o pedestre a atravessar a rua. Aliás, os marronzinhos recebem ordens até para abrir mão de multar para assegurar a fluidez aos carros. Essa filosofia prejudica demais os ciclistas, porque quanto mais rápidos os carros, mais inseguro fica o trânsito para os ciclistas. Apenas algumas pessoas na CET são contra essa adoração ao fluxo. Precisamos de gente dentro da administração para defender a bicicleta. Precisamos de um “departamento de bicicletas” dentro da secretaria dos transportes. Gostaria que a prefeitura apresentasse um plano para o transporte cicloviário e investisse em campanhas de educação.

Você já experimentou as ciclofaixas aos domingos?
Duas vezes, apesar da chuva. Lá encontrei monitores da Secretaria Municipal de Esportes e não dos Transportes e nem agentes da CET. Parece até que a CET está incomodada com a ciclofaixa. E também vi motoristas jogando os carros para cima de um ciclista, assim que a ciclofaixa estava desbloqueada para o trânsito de automóveis. Estou com medo de que, com as ciclofaixas, aumente o número de agressões contra ciclistas.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Aluguel de bikes no RJ é suspenso

É lastimável conviver com situações como essa. Infelizmente esta é a nossa realidade e demoraremos muito para atingirmos um patamar aceitável de cidadania. Mas, ainda há esperança, desde que se invista em educação.



Furto de 56 bicicletas interrompeu o serviço por tempo indeterminado
Por Tadeu Matsunaga do prologo.uol.com.br

Péssima notícia para os adeptos da bicicleta no Rio de Janeiro. O serviço de aluguel das magrelas foi suspenso na “Cidade Maravilhosa”, nesta quinta-feira. O motivo? Roubo dos equipamentos.

A reportagem do RJTV, das organizações Globo, destacou que o serviço inspirado em cidades européias como Paris e Barcelona chegou ao fim após onze meses. Iniciado em janeiro deste ano, o serviço havia sofrido com apenas cinco furtos até o começo de dezembro.

Entretanto, na semana passada, uma sucessão de roubos em série deu fim a 56 bicicletas e o serviço de aluguel está suspenso por tempo indeterminado para os cariocas.

FONTE E IMAGEM: http://prologo.uol.com.br/

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

GUIA DE CICLOTURISMO ESTRADA REAL - CAMINHO VELHO

"Quando as naus portuguesas chegaram às terras brasileiras, os índios do litoral contaram que no interior do continente havia um reino de riquezas douradas.
Durante séculos entradas e bandeiras percorreram a esmo nosso país em busca de tesouros, sem nenhum sucesso.
Somente no final do século XVII o eldorado foi encontrado na terra dos Cataguás.
O natural assédio de pessoas indo e vindo em busca de riquezas marcou um caminho específico do litoral até a região das minas.
Com o guia de cicloturismo nas mãos lhes convidamos a percorrer o Caminho Velho da Estrada Real, em pleno século XXI, e de bicicleta."
Para ver mais detalhes e adquirir o guia clique aqui.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Organização dos alforges

Veja as dicas de como arrumar os alforges no site http://www.pedarilhos.com.br. Clique aqui e acompanhe.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Percurso que liga São Paulo e Santos será adaptado para rota de cicloturismo

A mais nova rota cicloturística liga São Paulo a Santos com 77 km de um percurso cheio de beleza natural.
Acompanhe a matéria completa na UOL.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

E o poste continua lá.

Matéria do jornal Folha da Manhã. Veja aqui.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Exercícios e câncer de próstata

Agência FAPESP - Apenas 15 minutos de exercícios físicos diários foram suficientes para reduzir a taxa de mortalidade entre pacientes com câncer de próstata...Acompanhe o resto da matéria aqui.

ENTREVISTA – Jorge Sanrame & Carlos Britos


Jorge Sanrame (55), consultor de sistemas e Carlos Britos (43), padeiro são dois argentinos da cidade de Córdoba apaixonados por bicicletas. Já realizaram várias viagens pelo seu país e criaram o site (ou sitio, como preferem) http://www.cicloturismoactivo.com.ar/ para divulgar e incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte e lazer.


Bike Sem Limites: Como vocês se conheceram?
Nos conhecemos numa saída de treeking de montanha na Quebrada do Condorito - Córdoba, faz 8 anos, dai começou uma amizade que levou-nos a compartilhar muitas das experiências. Algumas estão nossa página de Cicloturismo.


BSL: Vocês costumam usar a bicicleta no dia-a-dia ou apenas para fazer cicloturismo?
Geralmente pra todas as coisas que a bike permite.

BSL: Na Argentina, de maneira geral, é fácil pedalar nas cidades?
Nos micro-centros das grandes cidades (tais como Buenos Aires, Córdoba e Rosário) é complicado, mas sempre há alguma possibilidade de pedalar até neles.


BSL: Vocês já pedalaram no Brasil? Como foi a experiência?
Eu (Jorge) já estive no Brasil em férias nas praias no sul; aluguei uma bike (feia), mas só um par de vezes. A experiência foi legal; sempre desfruto da bike.

BSL: Que conselhos vocês dariam a quem pretende fazer cicloturismo na Argentina? Quais lugares vocês recomendam?
Córdoba e Mendoza são lugares excelentes pra fazer cicloturismo na Argentina; há montanha, rios e lagoas; é fácil se prover de água potável. Aqui tem muitos lugares pra acampar ou bem alugar; bons preços, lojas especializadas em bikes e o clima é bom quase o ano todo; e exceto nas autopistas, pode-se andar na bike sem problema nenhum.


BSL: Parabéns pelo empenho na divulgação e estímulo deste esporte que cresce mais e mais a cada dia e disponha do blog sempre que desejarem.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Redução de carne e incentivo de bicicletas ajudam clima e saúde

A revista científica britânica "The Lancet" mostra estudo que aponta a redução de doenças cardíacas relacionada à redução da produção e do consumo de carne entre os principais produtores.
A mesma reportagem diz também que andar a pé ou de bicicleta pode ajudar mais a reduzir o impacto sobre saúde do que incentivar a produção de carros menos poluentes.
Acompanhe aqui toda a matéria.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO


Cláudio Quintanilha Siqueira
O treinamento, para que seja eficaz, deve ser realizado de forma ordenada e racional, obedecendo aos princípios científicos que o rege, bem como ser "pensado e construído a partir de parâmetros fisiológicos" (MARINS & GIANNICHI, 2003) como o VO2máx, limiar de lactato, limiar anaeróbico etc.
Segundo Chiesa (2004) para que o treinamento seja bem aproveitado ou rentável ao organismo, deve ser elaborado de forma organizada e requer a aplicação de modelos periodizados. Ainda de acordo com autor, devemos planejar e estruturar racionalmente cada fase do treinamento para que dentro do período de tempo disponível do macrociclo(1) o objetivo seja alcançado.
O macrociclo se divide em unidades chamadas microciclos, cada um com uma semana de duração. Segundo D'Elia (2009) sua relação entre cargas de treinamento e de recuperação é especificada de forma exata e, completa, "os microciclos são subdivididos em sessões diárias de trabalho", porém, como observa Dantas (2003), com menos de três dias de treinamento semanal, embora o risco de lesões seja muito pequeno, o ganho obtido na forma física é desprezível. Portanto, recomenda uma frequência de três a cinco vezes por semana para programas de treinamento de sedentários e para a manutenção das condições de saúde.
De acordo com o autor acima, Zakharov e Gomes (1992) relataram a existência de seis tipos de microciclos, utilizados no desporto de alto rendimento: incorporação, ordinário, choque, recuperação, pré-competitivo e competitivo.
  • Microciclo de Incorporação: tem como objetivo possibilitar a passagem gradual do atleta de uma situação de transição para o treino. Caracteriza-se por apresentar estímulos não muito fortes.
  • Microciclo Ordinário: o mais comun nos treinamentos. Seu objetivo é provocar adaptações orgânicas, aumentando o nível de condicionamenton do indivíduo. Tem duração de três dias e apresenta aplicação de cargas moderadas.
  • Microciclo de Choque: caracteriza-se pelo ápice da aplicação de cargas, que pode ser o volume ou a intensidade, conforme a fase do treinamento. Por apresentar alta sobrecarga só deve ser aplicado em perfeita harmonia e quando o atleta estiver convenientemente preparado.
  • Microciclo de Recuperação: é o microciclo no qual ocorre a restauração da homeostase e quando o atleta acumula reservas para fazer frente às futuras exigências do treinamento. Apresenta estímulos reduzidos e um número maior de dias de repouso.
  • Microciclo Pré-competitivo: tem por objetivo fazer a transferência das valências obtidas com o treinamento. Procura ambientar o atleta às condições climáticas, geográficas e horárias da competição.
  • Microciclo Competitivo: estruturado de acordo com as características da competição. "Pode ser considerado como um microciclo de choque." (HIGINO, 2009)

Não se pretende aqui esgotar o tema "periodização"; assunto tão amplo quanto importante para o treinamento de atletas, profissionais ou não, existindo diversos livros que se dedicam ao assunto. Insistimos, no entanto, para o aconselhamento junto a um(a) profissional de educação física para que o treinamento seja efetivo, em busca de bem estar físico e mental.

REFERÊNCIAS

CHIESA, Luiz Carlos. Periodização. Revista virtual EFArtigos, vol. 2, n° 6. Julho, 2004.

DANTAS, Estélio M. A prática da preparação física. 5a. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

D'ELIA, José Rubens. Ciclismo: treinamento, fisiologia e biomecânica. São Paulo: Phorte, 2009.

HIGINO, Wonder Passoni. Treinamento Desportivo II. Laboratório de avaliação do esforço físico - LAEF. UNISALESIANO - Lins. São Paulo.

MARINS, João C. Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo S. Avaliação e Prescrição de atividade física: guia prático. 3a. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

IMAGEM: http://www.magliarosa.wordpress.com/

(1) "O macrociclo é uma parte do plano de expectativa desportivo que se compõe dos períodos de treino, competição e recuperação, executados dentro de uma temporada, visando levar o atleta, ou a equipe, a um nível de condicionamento que os capacite a realizar as performances desejadas, nas competições escolhidas, dentro de um planejamento de treinamento previamente feito." (DANTAS, 2003)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A BICICLETA COMO MEIO DE TRANSPORTE NO CONTEXTO URBANO

O Clube de Cicloturismo do Brasil convida a todos para a palestra "A bicicleta como meio de transporte no contexto urbano" neste sábado, 28, às 15 horas no SESC Ipiranga (São Paulo). Veja maiores detalhes aqui.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Campos x Guarapari 2009

O tradicional passeio a Guarapari mais uma vez foi um sucesso.
Organizado pela Hard Bike Sport, sob a batuta do "maestro" José Ornis, a aventura teve início às 20h 30min do dia 19, quando os dez pedaleiros se dirigiram a Guarapari, percorrendo o litoral capixaba e passando por lugares de beleza ainda rústica como Praia da Neves e Marobá.

Perdidos na Noite
Como todo passeio que se preze, alguém tem que se perder. Nesse caso os perdidos da noite erraram o caminho para Travessão de Campos, causando desconforto e irritação num dos componentes do grupo que se achou menosprezado quando não ouviram as suas súplicas para retornarem porque estavam no caminho errado. Este componente, andarilho da velha guarda, desistiu de pedalar em Imburi por volta das 11h 30min, reclamando mais do que nunca. Também, depois que foi para Cabo Frio não quis mais saber de pedalar!


Água de coco para repor as energias
No Hotel Fazenda Costa do Sol, em São Francisco do Itabapoana, o grupo fez uma pausa para se fartar com água de coco, oferecida pela direção do hotel. Fica aqui o nosso agradecimento.
De Praia das Neves até Marobá ainda há, muito preservada, uma grande extensão de vegetação de restinga, pelo menos uns dez quilômetros. Mas é um percurso bastante penoso em função do vento, buracos e areia, o que levou o grupo a fazer uma pausa em Marobá.



A Pousada do Alfredo
Um pouco antes de Marataízes surgiu uma história de uma tal Pousada do Alfredo, personagem fictício criado por um certo "mancheteiro" e absorvido como verdadeiro por dois incautos pedalantes que, mortos de cansados, acharam que ficariam na tal pousada até que o carro de apoio retornasse de Guarapari e os apanhasse. E o motorista confirmou tudinho...

Explicarei melhor: Um dos andarilhos, percebendo a aflição de alguns pedalantes devido ao desgaste físico acentuado pela falta de treino, criou a história de um tal de Alfredo que servira ao Exército com ele e que teria uma pousada em Marataízes. Combinaram um certo valor para que pudesse descansar e tomar um banho até que o carro de apoio retornasse para pegá-lo. Ao ouvir a conversa um dos aflitos imediatamente se canditatou a ficar também, o que foi seguido pelo segundo aflito. Em Marataízes, após farto café numa das padarias, os dois suplicantes retiraram as respectivas bagagens do carro e sentaram comportadamente no banco em frente a padaria a espera de Alfredo que viria pegá-los e levar para a pousada. O criador da história deixou os dois por lá e foi necessária a intervenção do motorista, cujo nome é Eloísio, para desmentir tudo. Após o desmentido a viagem seguiu com mais essas duas baixas.

A Maldição de Alfredo
Em Itaoca tivemos o primeiro e único pneu furado. Nas proximidades da Praia do Aghá Jaba teve alguns problemas com relação a troca de câmaras de ar e optou por substituir a bicicleta para concluir o passeio, não sem sofrer um bocado por causa do selim diferente do seu, além do sol forte. A bicicleta era de um dos que cairam no conto da pousada.
Em Piuma faltou pouco para ocorrer uma tragédia: o transbike não suportou o peso das três bicicletas e estava se soltando quando, numa esquina, alguém gritou que estava caindo tudo. Depois de arrumar as bikes e atrapalhar o trânsito a viagem seguiu sem mais percalços. Em tempo: a primeira bike a cair do transbike seria a do criador da Pousada do Alfredo.

Os nomes das feras (em ordem alfabética para não haver crises de ciúme)
Carlinho - Um destaque, na opinião de Eloísio.
Cristiano - Bom no pedal, como sempre.
Gustavo - O Girino nunca esteve tão cansado.
Jaba - O amigo de Alfredo.
Joelmo - O pai da linda Sofia manteve-se firme enquanto pôde.
Lotério - Manteve-se meio calado, o que não é do seu feitio.
Luiz - Estreante. Mandou bem.
Maurílio - Veio de São Fidélis para prestigiar o passeio. Pena que não encontrou a Pousada do Alfredo.
Tarcísio - Manteve-se "fora de área" a maior parte do tempo.
Vaninho - O dançarino.
Apoio - Cacau e Eloísio

Impressão dos novatos
Tivemos três estreantes no passeio deste ano, cujos depoimentos sobre a viagem são transcritos abaixo:

Joelmo: "Muito castigado, cansativo. Mas a galera é boa, porém um pouco dispersa. Tem que ter bom preparo para aguentar o pique. No mais é aproveitar a paisagem."
Maurílio: "Devo melhorar na próxima (treinamento e alimentação). Estou acostumado a pedalar no máximo 100 km. Não tinha idéia da dificuldade do percurso."
Luiz: "Apesar do vento foi muito bom."

Bom, amigos, qui me despeço torcendo por todos e que no próximo ano consigamos concluir o percurso sem baixas.

Um abraço e boa sorte.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Campos x Guarapari 2009

Será hoje, às 19 horas, a largada para mais uma aventura rumo a Guarapari/ES, um percurso de 200 km que deverá ser concluído entre 10 a 12 horas de pedaladas pelo litoral com total apoio e organização da Hard Bike Sport.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Nutrientes desperdiçados

A agência FAPESP (Fundação de Amparo á Pesquisa do Estado de São Paulo) divulgou pesquisa que alerta para o desperdício de substâncias bioativas pelas indústrias alimentícias que nos serve de alerta quanto ao excesso de consumo de alimentos industrializados. Acompanhe aqui.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Conceitos da área esportiva - TREINAMENTO DESPORTIVO

Cláudio Quintanilha Siqueira
Dantas (2005) define treinamento desportivo como o conjunto de procedimentos e meios utilizados para se conduzir um atleta à sua plenitude física, técnica e psicológica dentro de um planejamento racional, visando executar uma performance máxima num período determinado e, completa, "um perfeito sistema de treinamento, aplicado ao atleta geneticamente certo, forçosamente apresentará resultados positivos." Ou seja: treinamento adequado + atleta geneticamente certo = campeão.

No entanto os procedimentos e métodos utilizados no treinamento desportivo não se restringem apenas à preparação de atletas de alto rendimento, podendo ser utilizados também por não-atletas, pessoas que buscam um melhor condicionamento físico e qualidade de vida.

Para tirarmos melhor proveito do treinamento e evitarmos resultados desagradáveis como lesões, por exemplo, precisamos, antes de tudo, definir os nossos objetivos, tendo como referência os princípios que regem a preparação física (individualidade biológica, sobrecarga, volume x intensidade, especificidade etc) e observar que cada esporte tem suas formas específicas de treinamento. Marins & Giannichi (2003) incluem como objetivos a serem estabelicidos a melhora do estado de saúde mediante a redução dos fatores de risco e o aumento da conscientização sobre a necessidade da prática de exercícios de forma regular.

Outro ponto a ser observado é excesso de treinamento. Algumas pessoas, na ância de entrar em forma rapidamente, acabam passando dos limites e, além de não alcançarem os resultados esperados correm o risco de sofrer as consequências da síndrome de overtraining. D'Elia (2009) orienta que "treinamentos muito pesados devem ser sempre acompanhados de trabalhos de compensação, com cargas mais leves" evitando, assim, lesões desnecessárias que podem levar o praticante ao afastamento dos treinos ou até mesmo ao abandono definitivo.

Marins & Giannichi (2003), aliás, citam entre os fatores que mais se associam ao abandono da prática de exercícios a pouca motivação pessoal, ansiedade, excesso de peso, falta de apoio do conjuge e intensidade do exercício demasiadamente alta e acrescentam que "identificados estes fatores, é necessário minimizá-los em sua ação, visando aumentar o tempo de adesão do praticante."

Agora, mãos à obra e bons treinos, não se esquecendo da hidratação antes, durante e após os exercícios e ainda procurar sempre a orientação de um profissional de educação física.

REFERÊNCIAS

DANTAS, Estélio M. A prática da preparação física. 5a. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

D'ELIA, josé Rubens. Ciclismo: Treinamento, fisiologia e biomecânica. São Paulo: Phorte, 2009.

MARINS, João C. Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo S. Avaliação e prescrição de atividade física: guia prático. 3a. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

IMAGEM: http://www.devezemvez.blogspot.com/

domingo, 15 de novembro de 2009

Suplementos turbinam músculos, mas pedem moderação

Na maioria dos casos, alimentação é suficiente para alcançar resultados

Fonte: http://msn.minhavida.com.br/conteudo/5461-Suplementos-turbinam-musculos44-mas-pedem-moderacao.htm

Os suplementos alimentares estão em alta nas academias. Existem aqueles que prometem aumentar músculos, os que dizem dar mais energia e até os que afirmam eliminar as gordurinhas extras. Mas até que ponto eles são saudáveis e garantem resultados positivos?

"Os suplementos funcionam como um complemento da alimentação. Na maioria dos casos, são indicados para pessoas que apresentam uma carência muito grande de determinado nutriente", explica a nutricionista Camila Garcia, da equipe do setor de Nutrição Preventiva do Hospital do Coração, de São Paulo. "Mas, em geral, uma alimentação equilibrada já faz esse papel, seja para prática de exercícios ou para o dia a dia."

Além disso, os nutrientes mais encontrados nos suplementos podem ser repostos facilmente com um prato de comida bem montado. "A maioria dos suplementos são compostos de carboidratos, proteínas e aminoácidos, que são nutrientes presentes em quantidade suficiente dentro de uma alimentação saudável", diz Camila.

Mas, em alguns casos, eles precisam estar presentes, como explica o triatleta Fabio Keiti."Faz menos de um ano que comecei a fazer uso do suplemento BCAA. Ele protege meu sistema imunológico e ajuda a manter a massa muscular, graças à quantidade de vitaminas e proteínas. Minha alimentação é regulada, mas minha nutricionista resolveu incrementar a dieta já que alguns nutrientes e vitaminas estavam apresentando queda", explica.

Para ganhar músculos
Se o objetivo é ficar com mais músculos, o ideal mesmo é pegar no pesado. Não existe milagre. "Embora muitos suplementos aleguem o benefício de ganhar massa muscular, a única coisa que efetivamente aumenta os músculos é o treinamento. Uma alimentação adequada para o pré e pós-treino é o suficiente para atingir essa meta", explica. Consumir suplementos de proteína pode ajudar. Mas só quando existe uma deficiência do nutriente no organismo ou quando a pessoa não consegue adequar sua alimentação, por ocorrências do dia a dia, por exemplo. Mas, vale lembrar que só uma nutricionista pode fazer esse diagnóstico.

Já o personal trainer, Ivaldo Larentis afirma, que os suplementos também podem ser bem eficientes. "Existem pessoas que não conseguem consumir a quantidade necessária de proteínas no dia a dia, seja por restrições alimentares ou pela falta de tempo, por isso que os suplementos como o Isopro Whey, da Probiótica (o produto contém proteína isolada do soro de leite e não apresenta carboidratos ), podem apresentar resultados positivos", diz o especialista. "Sempre que meus alunos apresentam dificuldade na hora de ganhar músculos, sugiro uma consulta a um nutricionista", diz.

Para emagrecer
Melhor não se iludir e não atribuir às cápsulas o mérito por secar os quilinhos. "Os suplementos apresentam muita água na composição, fato que não afeta em nada a dieta. Além disso, os exercícios já colaboram para perda de peso, o que faz as pessoas acreditarem que seja um efeito decorrente dos suplementos", diz. "Para emagrecer, o melhor é aliar exercícios e uma dieta restrita em calorias".

Mas a nutricionista também sugere que alguns suplementos podem ajudar a aumentar o metabolismo do corpo, o que acelera o processo de perda de peso. "Alguns nutrientes, presentes em determinados suplementos, ajudam a acelerar o metabolismo, graças a quantidade de pó de guaraná, mas vale lembrar que essa mesmo substância exige moderação. Consumida em excesso, pode até levar a um ataque cardíaco", explica.

O tempo que cada pessoa leva para perder peso, mesmo com o adicional dos suplementos, depende exclusivamente da alimentação e da carga de exercícios que ela apresenta. "Eu gosto do Ripp ABS, da Probiótica, um produto elaborado com guaraná e mate enriquecido com vitaminas e minerais em cápsulas. Mas meus alunos só fazem uso dele depois de uma conversa com o nutricionista", ressalta o personal.

Para ganhar energia
Quer ganhar mais energia? Não precisa de suplementos, basta deixar o estresse de lado. "Os suplementos que garantem o aumento de energia precisam de indicações e prescrições médicas. Para aumentar a energia de um modo natural e saudável, basta manter uma alimentação adequada, exercícios regulares, sono de boa qualidade e controle do estresse", explica.

Mas, se está difícil se livrar dos problemas do dia a dia, converse claramente com a nutricionista, pois só ela pode indicar o suplemento ideal para você. "Em alguns casos (como pessoas que apresentam baixa ingestão de carboidratos), os suplementos para o aumento da energia podem ser utilizados. Mas vale lembrar, que eles devem ser ingeridos enquanto a nutricionista e o pacientes buscam outras alternativas para melhorar o caso", explica.

O personal Ivaldo Larentis diz que os suplementos para garantir energia são a base de vitamina C e vitaminas do complexo B. "A maioria dos suplementos se resumem nessas vitaminas, mas outros apresentam carboidratos com índice glicêmico para uma mais rápida reposição de glicogênio muscular (a fonte de energia armazenada nos músculos)."

Os perigos do uso sem prescrição
O uso de suplementos sem indicação médica oferece diversos riscos para a saúde. Entre eles, o fígado e os rins estão na lista dos pontos mais prejudicados, já que a maioria dos suplementos apresentam uma grande quantidade de proteínas que sobrecarregam esses órgãos. "Em excesso, os suplementos podem levar ao ganho de peso e gordura corporal. Isso acontece porque, quando combinados a uma alimentação inadequada, eles aumentam a quantidade de calorias que não conseguem ser revertidas para massa muscular, principalmente, se existe a sobrecarga de nutrientes, como as proteínas", explica a nutri.

"Suplementos só devem ser utilizados sob orientação profissional. Existem muitas fórmulas com diversos ingredientes. Deve-se avaliar qual é a real necessidade de sua utilização. Existem pessoas, por exemplo, que apresentam dificuldade de quebra de comidas e absorção de nutrientes; essas sim devem fazer a utilização dos suplementos alimentares", explica.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CURIOSIDADES

"A principal contribuição das proteínas não ocorre durante o exercício, mas no período de recuperação."

"A massa magra tem atividade metabólica, em repouso, superior àquela apresentada pelo tecido adiposo."

"A injestão de proteínas não é fator determinante do ganho de massa muscular, quando em excesso, podendo, no entanto, atuar como fator limite se oferecida em quantidades inadequadas ou como parte de uma dieta pobre em carboidratos ou hipocalórica."

"O consumo de dietas hiperprotéicas por parte de não atletas torna-se um absurdo ainda maior do que no caso de atletas."

"A inatividade pode levar a pessoa a manifestar perda de até 30% da força ao longo de uma semana."

"O ciclismo tomou proporções tão grandes na Europa que, na França, em algumas regiões, é mais popular até que o futebol."

"No Japão, onde não é tão antigo, o ciclismo ultrapassou o baseball em popularidade."

"Ciclistas não são obrigados a depilar suas pernas, mas é raro ver um ciclista em uma competição sem as pernas depiladas. Além de ser quase uma tradição do esporte, é uma prática comum por três razões: 1) Facilita o deslizamento durante a massagem, 2) Em caso de queda, diminui as chances de o ferimento inflamar, além de evitar que o esparadrapo repuxe os pêlos, 3) Facilita a transpiração das pernas, permitindo que o suor escorra pela pele."

"A velocidade de contração muscular pode aumentar em 20% com a elevação da temperatura corporal proporcionada pelo aquecimento."

"Uma alimentação saudável junto com exercícios diários, bem como a abstinência de tabagismo, podem eliminar 80% das chances de desenvolvimento de doenças cardíacas e 70% das chances de aparecimento de alguns tipos de câncer."

"Com a realização do exercício físico, ou seja, com a contração muscular, 75% da energia produzida é térmica e apenas 25% é destinada ao trabalho."

"Um nível adequado de hidratação somente é mantido em pessoas fisicamente ativas se beberem líquido suficiente antes, durante e após a atividade física."

"Um ciclista no Tour de France gasta de 6000 a 7000 kcal por dia ."

FONTES

BACURAU, Reury Frank. Nutrição e suplementação esportiva. 6a. ed. São Paulo: Phorte, 2009

D'ELIA, José Rubens. Ciclismo: treinamento, fisiologia e biomecânica. São Paulo: Phorte, 2009

Revista VO2máx, agosto/2009

IMAGEM: http://www.romena.com.br/

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

I Seminário A Bicicleta e a Cidadania

Será realizado no IFF - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense o I Seminário A Bicicleta e a Cidadania onde serão abordados temas referentes a bikes e cidadania, mobilidade urbana, planejamento cicloviário e cidade saudável.
Veja aqui o cartaz e a programação do evento que acontecerá no dia 18 de novembro a partir das 8 horas.
Compareça com a sua bike para participar do passeio após o evento.

O CICLISTA QUE CALCULAVA

O blog Transporte Ativo traz alguns números interessantes que merecem ser avaliados por aqueles que ainda duvidam da vantagem da bike no transporte urbano. Confira!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

QUE BICICLETA COMPRAR?

A dúvida que atormeta muitos (talvez a maioria) dos iniciantes pode ser sanada no site Escola de Bicicleta que traz informações muito úteis para quem ainda não decidiu quanto à melhor opção para atender às suas necessidades.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

TREINAMENTO PELO VO2máx

Cláudio Quintanilha Siqueira

Dando segmento à proposta de desvendar alguns conceitos da área esportiva e do treinamento em geral, retomaremos a atividade abordando o tópico VO2máx, descrito por Dantas (2005) como a velocidade em que o oxigênio é consumido. Em outras palavras, quanto melhor é o seu condicionamento físico maior será o valor do seu VO2máx, também identificado pelo autor como o consumo máximo de oxigênio ou Potência Aeróbica Máxima.
Complementando o raciocínio acima podemos utilizar a definição de Leite (1986), citado por Marins & Giannichi (2003), segundo a qual o VO2máx é a "Quantidade de oxigênio que um indivíduo consegue captar do ar alveolar, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e utilizar a nível celular na unidade de tempo."
O método de treinamento pelo VO2máx (apurado no teste ergométrico ou no teste específico para a sua determinação) oferece a vantagem da praticidade, segundo Marins & Giannichi (2003).
Após a determinação do VO2máx, selecionamos o percentual de trabalho, levando em consideração o nível de condicionamento inicial do indivíduo. "De uma forma geral podemos optar normalmente entre 60 a 90% do VO2máx." (MARINS & GIANNICHI, 2003).
Quando se inicia um esforço físico, o consumo energético aumenta e três situações podem ocorrer, como enumera Dantas (2005):
1- Mais de 100% do VO2máx: esforço extenuante. Quando as reservas de creatina fosfato (CP) se depletarem, a atividade não poderá mais ser realizada.
2- Entre 100 e 85% do VO2máx: esforço intenso. A intoxicação do organismo pelo ácido lático impedirá a continuação da atividade além de, aproximadamente, 1,5 minuto.
3- Menos de 85% do VO2máx: esforço leve. O aumento do aporte de oxigênio às células musculares, após algum tempo, permite que o sistema aeróbico ressintetize o ATP* necessário.
* ATP (Adenosina Trifosfato) é a molécula presente nas células, liberando energia para a realização de trabalho. As reações químicas que ocorrem no interior das células permitem a transformação dos alimentos ingeridos em adenosina trifosfato (ATP).

REFERÊNCIAS

DANTAS, Estélio M. A prática da preparação física. 5ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

MARINS, João C. Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo S. Avaliação e Prescrição de Atividade Física: guia prático. 3ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

PEDAL DAS BRUXAS

O amigo Josimar estará realizando neste sábado, 31 o Pedal das Bruxas. Prepare sua fantasia e participe dessa aventura.

Data: 31/10/09
Hora: 19h 30min
Concentração: Josimar Bicicletas (Turf Centro Shopping)
Grau de dificuldade: médio-pesado
Distância total: 55 km (ida e volta)
Obrigatório o uso de capacete.
Maiores informações pelo telefone (22) 9982-0829

sábado, 19 de setembro de 2009

Dia Mundial Sem Carro




Cláudio Quintanilha Siqueira



O Dia Mundial Sem Carro ou World Car Free Day é um movimento que se iniciou na Europa no final do século XX e vem se espalhando pelo mundo. A cada edição ganha mais adeptos mundo afora, principalmente nos grandes centros urbanos onde a cada dia o trânsito fica mais difícil. O Car Free é um convite ao uso de transportes alternativos e sustentáveis, tendo como destaque a bicicleta - a grande vedete do movimento.

O World Car Free Day acontece anualmente no dia 22 de setembro e no Brasil é coordenado pela ONG Transporte Ativo.

Então, incentive os seus amigos e parentes a abandonarem os seus carros por um dia apenas.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Afastamento temporário

No dia 19 último fui vítima de um grave acidente automobilístico impossibilitando-me de digitar, até mesmo de sair da cama, portanto, ficaremos nos próximos dias sem novidades no blog. Assim que minha condição física permitir voltaremos a ativa.
Um abraço e até breve.

Cláudio Quintanilha Siqueira

Digitado por: Letícia Ribeiro Quintanilha

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Britânica perde 25 kg e compete pelo país em Mundial de Triatlo

Acompanhe aqui mais uma exemplo de determinação e autossuperação.
Só não entendi como ela consegue treinar 14 horas por dia e ainda trabalhar, mas tudo bem.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

IMPORTANTÍSSIMO

Extraído do blog do professor Vitor Longo (http://blogvitorlongo.blogspot.com/).


Dica de um amigo funcionário da saúde da cidade de Araruama
UTILIDADE PÚBLICA IMPORTANTE: SAMU x CELULAR
As ambulâncias e emergências médicas perceberam que muitas vezes nos acidentes da estrada os feridos têm um celular consigo. No entanto, na hora de intervir com estes doentes, não sabem qual a pessoa a contatar na longa lista de telefones existentes no celular do acidentado. Para tal, o SAMU lança a idéia de que todas as pessoas acrescentem na sua longa lista de contactos o NUMERO DA PESSOA a contatar em caso de emergência. Tal deverá ser feito da seguinte forma: "AA Emergência" (as letras AA são para que apareça sempre este contato em primeiro lugar na lista de contatos). É simples, não custa nada e pode ajudar muito ao SAMU ou quem nos acuda.Se lhe parecer correta a proposta que lhe fazemos, passe esta mensagem a todos os seus amigos, familiares e conhecidos. É tão-somente mais um dado que registramos no nosso celular e que pode ser a nossa salvação...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Conceitos da área esportiva - SAÚDE

Cláudio Quintanilha Siqueira
A partir de hoje e a cada quinze dias, aproximadamente, tentaremos desvendar alguns conceitos relativos a área esportiva e treinamento em geral que, se para alguns já fazem parte da rotina, para outros ainda é um mistério, levando a confusões e mal entendidos.

Agradecemos desde já aqueles que desejarem contribuir com críticas e sugestões.
Iniciaremos a série com o conceito de SAÚDE, afinal, buscamos a prática esportiva para melhorar a nossa qualidade de vida e saúde em geral.

A definição mais difundida e aceita é a da Organização Mundial da Saúde que define saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença." Ou seja, se você malha, pedala, corre, nada ou seja lá que atividade física pratique mas, por exemplo, não se sente bem no seu meio social ou vive estressado a todo instante, por definição você não é uma pessoa saudável, mesmo que todos os seus exames laboratoriais estejam dentro dos limites estabelecidos e você não sinta qualquer sintoma de doenças.
A evolução tecnológica deixa a vida cada vez mais prática, aumentando, consequentemente, o sedentarismo. O carro, a televisão, o controle remoto e o computador são apenas alguns itens que contribuem para que as pessoas façam menos movimento. A associação da falta de atividade física a uma alimentação desregrada tem como resultado lógico as doenças cardiovasculares, maior causa de morte no mundo de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo o Conselho Feferal de Educação Fisica (CONFEF), dados da (OMS) dão conta de que 70% das doenças estão ligadas ao estilo de vida e que "a mudança de hábitos poderia trazer uma economia de 50% do que se gasta para combater as doenças crônicas relacionadas ao sedentarismo."

Então, pense mais na sua saúde e vamos pedalar!


FONTES E REFERÊNCIAS

CONFEF. Atividade física - sinônimo de bem-estar. Disponível em http://www.confef.org.br/extra/revistaef/show.asp?id=3551

http://pt.wikipedia.org/

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

TREINAMENTO PELA FREQUÊNCIA CARDÍACA

Cláudio Quintanilha Siqueira
“A prescrição de treinamento pela FC representa uma das formas mais simples e práticas de orientação do exercício físico.” (MARINS & GIANNICHI, 2003).
É através do treinamento aeróbico que tentamos melhorar a nossa resistência cardiopulmonar, seja pedalando, correndo, nadando etc. Além do mais “As gorduras só podem ser utilizadas no ciclo energético através do sistema aeróbico.” (DANTAS, 2003). Ou seja: se você quer emagrecer e adquirir boa resistência cardiorrespiratória você deve optar pelos exercícios aeróbicos. Mas, para que o exercício seja eficiente a frequência cardíaca deve ser levada em consideração.
Um dos fatores que influenciam no treinamento é a intensidade do exercício. De acordo com Dantas (2003) o princípio da adaptação [1] nos ensina que há um limiar mínimo para que um exercício produza o efeito desejado de treinamento, bem como um limite máximo que, se for ultrapassado, poderá causar danos ao organismo. Normalmente esta faixa de trabalho é determinada pelos seguintes valores:
Limite Inferior: 60 % FCmáx
Limite Superior: 90 % FCmáx

Esta faixa determina a Zona Alvo, na qual deve-se manter a frequência cardíaca por um tempo de 20 a 60 min, segundo recomenda Dantas (2003), para treinamento utilizando-se métodos contínuos [2].
Por muitos anos a prescrição de exercícios estava baseada num conceito simplista, onde se calculava a FC máxima do indivíduo e, posteriormente, o percentual da FC de trabalho desejada, como podemos observar no exemplo a seguir:
Suponhamos um indivíduo com idade de 40 anos.
FCmáx = 220 – idade
FC máx = 180 bpm (Batimentos por Minuto)
LI = 180 x 0,6 = 108 bpm
LS = 180 x 0,9 = 162 bpm

Este método não levava em consideração a Frequência Cardíaca de Reserva (FCR) que, segundo Marins & Giannichi (2003) é o resultado da diminuição da FCmáx da FC de repouso. Este procedimento pode ser estabelecido pela seguinte fórmula:
FCT = % (FCmáx – FCrep) + FCrep

Onde:
FCT = Frequência Cardíaca de Treino
% = Percentual de trabalho
FCmáx = Frequência Cardíaca Máxima
FCrep = Frequência Cardíaca de Repouso

Aproveitando o exemplo anterior iremos calcular novamente os limites inferior e superior de treinamento.
FCmáx = 180 bpm
FCrep = 60 bpm
FCT = 0,60 (180 – 60) + 60
FCT = 132 bpm (Limite Inferior)

FCT = 0,90 (180 – 60) + 60
FCT = 168 bpm (Limite Superior)

Podemos observar pela comparação entre os dois métodos que houve uma grande diferenciação que pode induzir a um erro quando utilizamos a primeira forma.

A frequência cardíaca máxima também pode ser obtida pela fórmula proposta por Hackell & Fox em 2001 e válida para ambos os sexos: FCmáx = 208 – (0,7 x idade), onde a idade deve ser colocada em anos e meses (na forma decimal) como no exemplo a seguir.
Suponhamos um indivíduo de 25 anos e 8 meses.
Fazendo uma regra de três simples obtemos: 12 meses – 1 ano
8 meses – x anos
x = 8/12 = 0,67

Então, a FCmáx desse indivíduo ficaria assim: FCmáx = 208 – (0,7 x 25,67)
FCmáx = 190 bpm

A obtenção da FCmáx é importante não só para sabermos a zona-alvo de treinamento, mas também porque representa, segundo Dantas (2003) o limite máximo de segurança, até o qual podemos trabalhar sem corrermos riscos cardíacos.
Marins & Giannichi (2003) chamam a atenção para a utilização correta da FC como parâmetro de controle do treinamento, alertando quanto a um conjunto de fatores que poderão interferir em seu comportamento, “aumentando ou diminuindo sua resposta ao exercício, o que modifica o cálculo da intensidade de treinamento”. Entre estes fatores os autores destacam: condições ambientais (calor, frio, altitude e mergulho), tipo de exercício (corrida x natação), medicamentos como os betabloqueadores, drogas (cacaína), tabagismo, nível de hidratação, hipertermia e a falta de sono, que poderão de forma isolada ou combinada alterar a FC.
Alertamos também que o presente trabalho tem como objetivo fornecer noções sobre a importância de se monitorar a frequência cardíaca durante os treinos e que um profissional de educação física deverá ser sempre consultado para sanar as suas dúvidas.

[1] Segundo o Princípio da Adaptação a aplicação de cargas crescentes vão, progressivamente, sendo assimiladas pelo organismo.
[2] Os Métodos Contínuos de treinamento “são aqueles que envolvem a aplicação de cargas contínuas caracterizadas pelo predomínio do volume sobre a intensidade.” (DANTAS, 2003).

REFERÊNCIAS
DANTAS, Estélio M. A prática da preparação física. 5ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
MARINS, João C. Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo S. Avaliação e Prescrição de Atividade Física: guia prático. 3ª ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A história de um ciclista sem mãos

“Meu nome é Daniel José Dias Auer. Nasci no dia 18 de junho de 1974 na cidade de Ponta Grossa-PR, que fica há 120 Km de Curitiba, capital do Estado do Paraná. Sou deficiente físico (não tenho as duas mãos) devido ao talidomida, (um medicamento criado em 1954 na Alemanha, comercializado no Brasil na década de 1970)."

Acompanhe o relato completo e fotos no site pedal.com.br e pare de reclamar da vida.

domingo, 5 de julho de 2009

DIABETES E ATIVIDADE FÍSICA



Cláudio Quintanilha Siqueira

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) relata que o diabetes foi descrito há quase 2000 anos pelo médico Areteu da Capadócia, na Grécia, mas somente em 1889 dois cientistas alemães (Von Mering e Minkowski) descobriram que era o pâncreas que produzia uma substância capaz de controlar o açúcar no sangue e evitar os sintomas da doença. Contudo, ainda hoje, a causa do diabetes “continua sendo um mistério” (American Diabetes Association), embora já saibamos que fatores como a obesidade e o sedentarismo sejam facilitadores para o aparecimento da enfermidade, aumentando o risco de desenvolvimento da doença entre homens e mulheres progressivamente com a quantidade de gordura em excesso, conforme atesta Varella (2005).

Hoje o Diabetes Mellitus é definido pela Organização Panamericana de Saúde (OPS) como “uma enfermidade crônica caracterizada por hiperglicemia e desequilíbrio do metabolismo dos carboidratos e proteínas.” Ainda segundo a OPS o diabetes mellitus está associado a uma deficiência na secreção ou ação do hormônio insulina.

Existem vários tipos de diabetes, porém estes ocorrem com menor frequência em relação aos do Tipo 1 e 2 e ao Gestacional, entretanto iremos nos concentrar apenas nos diabetes Tipo 1 e 2 e suas definições conforme a American Diabetes Association (ADA).

Diabetes Tipo 1: Resulta de uma falha do corpo em produzir insulina, hormônio que “destrava” as células do corpo, permitindo a glicose entrar e abastecê-las.

De acordo com Silverthorn (2003) o diabetes mellitus Tipo 1 (ou insulino-dependente) é uma doença auto-imune causada pela destruição das células beta do pâncreas quando o corpo falha no seu reconhecimento como próprias e as destrói por meio de anticorpos e células brancas do sangue e afirma que “o único tratamento é por meio da injeção de insulina.”

Diabetes Tipo 2: Resulta de uma resistência à insulina (uma condição na qual o corpo não usa a insulina apropriadamente), combinada com uma relativa falta deste hormônio.

É também conhecido como diabetes resistente à insulina e “compreendem 90% da população de diabéticos”, sendo que “cerca de 80% dos Tipo 2 são obesos.” (SILVERTHORN, 2003).

Podemos concluir que o controle da glicemia não só é desejável como possível e que o portador de diabetes “tem condições de levar uma vida absolutamente normal”, afirma Bronstein (2002). Ainda segundo o endocrinologista a atividade física é de vital importância para os diabéticos, porque acelera o metabolismo, ajudando a queimar calorias e a controlar o peso; proporciona bem-estar e é benéfica para todo o organismo: ativa a função cardíaca, melhora a pressão arterial etc. Mas ressalta que o diabético só deve aplicar-se a um programa de exercícios se a doença estiver controlada. “Se estiver descompensada, a atividade física pode ter efeito contrário ao que se deseja, pois o fígado vai produzir mais açúcar”, adverte.

Mas, que tipo de atividade física deve fazer parte da rotina do diabético?

Segundo a American Diabetes Associoation (ADA) uma rotina de atividades físicas para diabéticos incluem três tipos de atividades: exercícios aeróbicos, treinamento de resistência e exercícios de flexibilidade.

Exercícios aeróbicos

Os exercícios aeróbicos elevam o batimento cardíaco, fortalecem os músculos e aumentam o condicionamento aeróbico. Para a maioria das pessoas é melhor optar por um total de 30 minutos de exercícios por dia, pelo menos 5 dias por semana. Se você não tem feito nenhuma atividade física ultimamente, você deve iniciar com 5 ou 10 minutos por dia e aumentar o tempo a cada semana. Ou dividir a sua atividade durante o dia – uma caminhada de 10 minutos antes de cada refeição, por exemplo. Se você está tentando perder peso, você deve se exercitar mais de 30 minutos por dia. Alguns exemplos de exercícios aeróbicos incluem: caminhadas, dança, natação, hidroginástica, tênis e ciclismo.

Varella (2005) observa que várias pesquisas demonstram que perdas de 5 a 10% do peso corpóreo podem prevenir ou pelo menos retardar o aparecimento de diabetes e acrescenta que andar 30 minutos por dia pode reduzir de 40 a 60% o risco de instalação da doença. E pergunta: “Andar apenas 30 minutos por dia para evitar uma doença que provoca perda de visão, ataques cardíacos, derrames cerebrais, amputações de membros e insuficiência renal capaz de exigir transplante de rim, é muito sacrifício?”

Treinamento de resistência

Feito várias vezes por semana ajuda a fortalecer os ossos e os músculos. Com mais músculos você queima mais calorias, mesmo durante o repouso.

“Os exercícios reduzem a hiperglicemia porque o músculo esquelético em exercício não exige insulina para a captação da glicose.” (SILVERTHORN, 2003).

Exercícios de flexibilidade

Os exercícios de flexibilidade, também chamados de alongamentos, ajudam a manter as articulações flexíveis e reduzem as chances de lesões durante as atividades. Alongar por 5 a 10 minutos ajuda o corpo a aquecer e se preparar para as atividades como caminhar, nadar ou pedalar.


Há muito o que falar sobre o diabetes mas acho que o nosso objetivo foi alcançado: oferecer uma pequena noção sobre a doença e conscientizar as pessoas sobre os riscos da obesidade e do sedentarismo, bem como estimular os portadores da enfermidade a aderirem a prática de atividades físicas regulares.


REFERÊNCIAS


AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. All about diabetes. Disponível em: http://diabetes.org


_____ . Types of exercise. Disponível em http://diabetes.org


____ . What can exercise do for me? Disponível em http://diabetes.org


BRONSTEIN, Marcello. Entrevista. Disponível em: http://www.drauziovarella.com.br.


ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE.


SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Barueri, SP: Manole, 2ª ed., 2003.


SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. História do diabetes. Disponívem em: http://www.diabetes.org.br


VARELLA, Dráuzio. A epidemia de diabetes. Disponível em: http://drauziovarella.ig.com.br

____ . Diabetes. Disponível em: http://drauziovarella.ig.com.b

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Dicas para frear melhor

Dicas para um uso mais eficiente dos freios.
Veja aqui as dicas de frenagem mais eficiente, evitando desgastes prematuros de componentes e acidentes, oferecidas pelo site www.ondepedalar.com.br.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Importância da Recuperação após o treinamento

Cláudio Quintanilha Siqueira
Se você é desses que não admitem um período de descanso, precisa rever os seus conceitos sobre treinamento. Treinar e descansar devem fazer parte da rotina de qualquer desportista, seja amador ou profissional.
Muitas vezes a ânsia em melhorar a performance desportiva, emagrecer e adquirir condicionamento fisico impedem o praticante de se dar conta de que "o descanso, ou repouso, é tão importante quanto o treinamento" (LORETE, 2008). É necessário que haja um equilíbrio entre o desgaste físico e a recuperação para uma boa manutenção dos estados fisiológicos e mentais do indivíduo, pois as adaptações fisiológicas ocorrem no período de repouso, permitindo a recuperação dos tecido s muscular e ósseo.
Na verdade, segundo Lorete (2008), durante o treino não estamos ganhando nada, mas sim perdendo, estamos destruindo nossas fibras musculares, gastando nossas reservas energéticas e gerando estresse muscular para, durante o repouso, ocorrer a recuperação dos substratos energéticos e a reconstrução das fibras musculares.
A assimilação progressiva das cargas de treinamento é o que nos leva a melhorar a forma física. O estresse físico provoca no organismo um mecanismo de adaptação que produz uma série de processos fisiológicos de recuperação e regeneração que são explicados pela teoria da Síndrome de Adaptação Geral (SAG). Segundo Dantas (1998) a SAG apresenta três fases:

1- Excitação: provoca uma reação de alarme no organismo. É a resposta inicial a um estímulo o qual não está adaptado.


2- Resistência: provoca adaptações ao estímulo aplicado.


3- Exaustão: nesta fase o organismo não responde mais positivamente aos estímulos, havendo uma queda do rendimento e o risco de lesões.


Fica evidente que a falta de repouso adequado pode levar o indivíduo à terceira fase da SAG ou mesmo à Síndrome do Excesso de Treinamento, ou Overtraining, trazendo danos à saúde e riscos de lesões.

Segundo Augusti (2008) a questão do descanso muitas vezes é mal compreendida pelos atletas e até por treinadores. "Geralmente se dá muita importância aos exercícios físicos, técnicos e táticos, esquecendo-se de que o descanso é parte indissociável do processo de treinamento."

Diante de tudo o que foi exposto fica evidente que o repouso durante a semana de treinamento é fundamental para a performance, mas, quando falamos em descanso a primeira coisa que vem a mente é não fazer nada, nenhum tipo de esforço físico. Porém, de acordo com Fonseca (2009) os especialistas consideram o repouso ativo mais produtivo do que a pausa total.

O repouso ativo caracteriza-se pela diminuição da intensidade do treinamento, podendo ser realizado com trotes, massagens, alongamentos, natação, caminhadas etc. Sempre em intensidades leves e, preferencialmente, de forma recreativa. Mas dependendo do nível atlético do indivíduo, se ele for iniciante, um repouso total é também recomendado e, claro, tudo acompanhado de uma boa noite de sono para uma melhor reparação mental e física.

Ferrigno (2009) afirma que um sono profundo e de duração adequada possibilita melhor aproveitamento metabólico do que a atividade física proporcionou. Ainda segundo o médico, durante o sono a hipófise secreta o hormônio do crescimento (Growth Hormone, ou GH), oferecendo ao organismo os benefícios do trabalho físico desenvolvido durante o dia. "Dormir - diz ele - não é perda de tempo, é dádiva da vida e, sem adormecer, nada de bom acontece no nosso organismo."


Conclusões


1- "O negócio é treinar forte no momento certo." (ANDERSON, 2009)


2- "É fundamental que haja o momento de recuperação, principalmente quando há um desgaste muito grande." (FONSECA, 2009)


3- "O repouso ativo pode ser, em alguns casos, até mais produtivo do que a pausa total." (FONSECA, 2009)


4- "O repouso em demasia, assim como o treino em excesso, não permite a melhora do condicionamento físico." (AUGUSTI, 2008)


5- "Há corredores que treinam muito e competem mal." (AUGUSTI, 2008)


6- "O desequilíbrio entre treinamento e descanso pode levar ao overtraining." (AUGUSTI, 2008)


7- "Se o treino for volumoso e intenso, não permitindo recuperação adequada entre as sessões, as fibras serão excessivamente sobrecarregadas, podendo gerar lesões." (LOPES, 2009)


8- As adaptações fisiológicas ocorrem no período de repouso.


9- O sono é parte fundamental para a melhoria da forma física.



REFERÊNCIAS


ANDERSON, Cleber Ricci. Supertreinamento - excesso que leva à fadiga. Disponível em http://www. andersonbicicletas.com.br. Data:23/06/2009


AUGUSTI, Marcelo. Treinamento e descanso: qual a combinação ideal? Revista Contra-Relógio, edição 183, dezembro de 2008. Disponível em http://www.revistacontrarelogio.com.br. Data: 23/06/2009


CARVALHO, Marcelo Affonso. Dica de Treinamento: repouso para ir mais longe. Disponível em

http://www.fatdf.org.br.


DANTAS, Estélio M. A prática da preparação física. Rio de Janeiro: Shape, 5ª ed., 1998.


FERRIGNO, Robson. Descanso: a importância de um sono reparador. Disponível em

http://www.humanasaude.com.br Data: 23/06/2009.


FONSECA, Fausto Fagioli. A importância do descanso. Disponível em http://o2porminuto.uol.com.br. Data: 23/06/2009

LOPES, Trika. Nem sempre muito treino faz bem. Disponível em

http://www.treinototal.com.br Data: 23/06/2009


LORETE, Raphael. Você sabe a importância do repouso após a atividade física? Disponível em http://www.saudenarede.com.br. Data: 23/06/2009.