"A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."

(Graciliano Ramos)



sábado, 21 de junho de 2008

World Naked Bike Ride

Acompanhe o relato do cicloativista André Pasqualini sobre o World Naked Bike Ride, versão brasileira, ocorrida em São Paulo no dia 14/06. Clique no link abaixo.

http://www.ciclobr.com.br/diasemcarro/noticias38.asp

segunda-feira, 16 de junho de 2008

PESQUISA: PERFIL DO CICLOTURISTA





O Clube de Cicloturismo do Brasil acaba de divulgar os resultados da pesquisa realizada em parceria com Andressa Paupitz. Use o link abaixo para acessar a matéria.

Na página principal abra a opção ARQUIVOS.


domingo, 15 de junho de 2008

Mountain Bike

Cláudio Quintanilha Siqueira




A expressão mountain bike traduz-se literalmente como bicicleta de montanha. É o tipo de bicicleta utilizada para a prática do Mountain Biking - comumente abreviado como MTB, modalidade de ciclismo onde o objetivo é transpor percursos fora de estrada como trilhas em montanhas, fazendas, estradas de terra etc.
A bicicletas tipo mountain bike diferem das tradicionais bicicletas de estrada em diversos aspectos como os pneus mais largos que absorvem impactos de forma mais eficiente e oferecem maior aderência em terrenos acidentados; amortecedores, para reduzir os impactos e permitir maior controle sobre a bike; quadros mais reforçados para resistirem aos saltos e quedas; guidão mais alto para permitir um posição menos inclinada e mais confortável para o ciclista; aros normalmente de tamanho 26” em vez dos aros 700 mm do ciclismo de estrada, além de serem reforçados com uma parede dupla e relações de marchas maiores e mais leves.
Em meados da década de 50, alguns ciclistas procurando novos desafios foram parar nas montanhas da Califórnia, concebendo uma nova modalidade, diferente das tradicionais competições de estrada.
Segundo a lenda foi um estudante universitário californiano chamado James Finley Scott quem primeiro modificou sua bicicleta de maneira a criar um protótipo do que temos hoje. Porém, somente nos anos 70, quando Charles Kelly, Jobst Brand, Gary Fisher e outros ciclistas começaram a freqüentar as trilhas das montanhas da Califórnia, despencando morro abaixo com suas bicicletas com quadro cruizer, pneus mais largos e freios mais eficientes foi que o esporte obteve mais expressão.
A primeira bicicleta produzida em larga escala para a prática do mountain biking foi a Specialized Stumpjumper em 1981, fazendo com que o esporte evoluísse mais e atraísse mais adeptos. Mas, apesar disso, o MTB continuou sendo tratado como modismo passageiro e recreativo e não era visto com seriedade até que, em 1990, foi reconhecido pela União Ciclística Internacional (UCI) e, lentamente a visão com relação ao esporte foi sendo mudada. Ainda em 1990, foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Mountain Bike na cidade de Purgatory, no estado do Colorado – Estados Unidos, atraindo um público de aproximadamente 30.000 pessoas.
O Mountain Biking cresceu e evoluiu em vários aspectos e os praticantes da modalidade ficaram cada vez mais competitivos, tornando o esporte reconhecido em todo o mundo, estreando nos Jogos Olímpicos de Atlanta em 1996, com disputas nas categorias masculina e feminina. França, EUA, Canadá e Austrália são hoje fortes rivais na modalidade.


O MTB é um esporte que requer resistência física, destreza e auto-suficiência, sendo muito comum a sua prática em locais isolados o que torna o aspecto auto-suficiência importante, portanto é aconselhável que o ciclista tenha noções de mecânica para efetuar pequenos reparos e portar sempre as ferramentas básicas necessárias além de câmara de ar reserva.



Agora chega de conversa fiada e vamos pedalar.

FONTES
http://www.olympic.org/uk/sports/programme/disciplines_uk.asp?DiscCode=CM
http://pt.wikipedia.org/Mountain_bike
http://www.fgc.com.br/federac/historic/syd_mtb.htm
http://www.geocities.com/baja/cliffs/5984/hist2.htm?2000815

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Prepare-se para o cicloturismo

Matéria publicada na revista VO2máx http://prologo.uol.com.br/scripts/materia/materia_det.asp?idMateria=1899&idCanal=4&stCanal=Cicloturismo








Por Cesar Candido dos Santos
O cicloturismo é muito praticado na Europa e ganha cada vez mais adeptos no Brasil. O contato com a natureza e a oportunidade de conhecer novos lugares são apenas alguns dos atrativos deste esporte, que pode ser feito por qualquer um e, por isso, não pára de crescer.Mas viajar de bicicleta é algo sério e é preciso tomar alguns cuidados antes de arrumar as malas e sair pedalando por aí, pois se algo der errado, o que era para ser um momento de lazer pode se transformar em um transtorno.


Planejamento

Antes de qualquer coisa, é fundamental saber que o cicloturismo pode ser um passeio de um dia, de um fim-de-semana ou até de um mês. Por isso, cada viagem é muito específica e não dá para estabelecer “regras”, o que torna o bom senso indispensável na hora de fazer um planejamento ou arrumar as malas.
O roteiro da viagem precisa ser muito bem-estabelecido, e é preciso conhecer onde ficam os restaurantes, as pousadas, os postos de combustível, as farmácias, os bares e os supermercados durante todo o percurso. Tome cuidado ao utilizar mapas rodoviários, pois eles indicam as rotas para os carros, e, muitas vezes, você pode encontrar alguns caminhos alternativos mais curtos. Nunca tenha vergonha de parar e perguntar.
Treinamento
Não é preciso ser um atleta para praticar o cicloturismo, mas possuir um bom condicionamento físico é fundamental para não ter que interromper a viagem. “Quanto mais andar de bicicleta melhor. Não basta só saber pedalar, é preciso ter um treinamento básico”, afirmou Paulo de Tarso, o Paulinho, presidente do Sampa Bikers.
“Não recomendamos que as pessoas sem experiência saiam para viagens muito longas. O certo é começar aos poucos, para aprender as técnicas do cicloturismo. Também é bom treinar durante dois ou três meses com peso na bike, para se acostumar com a bagagem”, orientou Rodrigo Telles, diretor do Clube de Cicloturismo do Brasil.
Durante a viagem, nunca esqueça de alongar todas as partes do corpo por pelo menos 15 minutos, antes e depois das atividades físicas, para diminuir as dores musculares, e evite fazer esforços além de seus limites.
Bagagem
A bagagem é algo muito particular, pois existem itens que podem ser supérfluos para alguns e fundamentais para outros. Além disso, ela varia muito conforme a duração e o local da viagem, mas algumas coisas nunca podem ser esquecidas.É sempre bom levar na mala um protetor solar, objetos para higiene pessoal, como toalha, sabonete, xampu, desodorante, escova e creme dental, uma lanterna e um kit básico de primeiros socorros.
A parte das roupas é a mais delicada, pois muitos cometem exageros. Procure calcular as peças de vestuários que serão usadas durante a vigem (para pedalar e para o dia-a-dia), evitando o excesso de bagagem.
Consulte sempre a previsão do tempo para saber se vai fazer frio ou calor, e nunca é demais levar uma capa para se prevenir da chuva. Também é muito importante ter sempre algumas ferramentas para evitar que você fique na estrada devido a um pneu furado ou uma corrente quebrada. Por isso, uma câmera de ar, remendos, cola, uma bomba, ferramenta saca correntes e um canivete multiuso não podem ficar de fora da bagagem.
Utilize alforjes para levar tudo, pois não é aconselhável pedalar com peso nas costas. “É sempre bom evitar carregar mochilas nas costas, pois, além de incomodar, pode atrapalhar o equilíbrio”, explicou Paulinho.
Bicicleta
A escolha da bicicleta é outra coisa muito pessoal, e o recomendado é optar pelo modelo mais confortável. “Na Europa, usam muito a bike de estrada para o cicloturismo, mas no Brasil, as mountain bikes são as preferidas, com algumas adaptações para aumentar o conforto”, afirmou Rodrigo.
Os equipamentos de segurança também não podem faltar no cicloturismo. Por isso, é obrigatório o uso de capacete, óculos, buzina e refletivos, mesmo durante o dia, e, de preferência, na bicicleta e no corpo. Alguns viajantes também gostam de equipar suas bikes com espelho retrovisor, para saber sempre o que está se passando na estrada. E nunca esqueça de respeitar as leis de trânsito.
Alimentação
Uma boa alimentação é a base para a prática de qualquer atividade física. Por isso, é importante observar os nutrientes ao comer e não o tamanho do prato. No café da manhã, deve-se fazer uma refeição leve, rica em vitaminas, minerais, proteínas e carboidratos (frutas, sucos, mel, pão, queijo, iogurte etc.) Na hora do almoço, prefira comida de verdade: arroz, feijão, carnes brancas, saladas e massas. E não esqueça de respeitar o tempo da digestão antes de pedalar. Para ter energia para o dia seguinte, capriche no jantar.
Evite ao máximo ficar com o estômago vazio, e tenha sempre barras de cereais, frutas frescas, castanhas, pães, chocolates e biscoitos para comer durante os intervalos entre as refeições.
Hidratação
Água nunca pode ser considerada excesso de bagagem no cicloturismo. Para uma hidratação correta, é recomendado tomar de dois a três copos de isotônicos antes de iniciar qualquer atividade física e ingerir água a cada 20 minutos.“A regra é beber água antes de sentir sede, porque quando a pessoa sente sede ela já está desidratada”, explicou Rodrigo.
Pé na estrada
Agora que você já sabe quais os cuidados básicos para um cicloturismo, escolha um roteiro e pé na estrada com sua bike.