Sabemos, hoje, que um dos fatores causadores de problemas coronarianos é a obesidade, porém “ela é tida como uma relação codependente com outros fatores” (PINTO et al, 2007) e, segundo Silverthorn (2003), os fatores de risco são geralmente divididos entre aqueles que a pessoa não tem controle (sexo, idade, histórico familiar de doenças etc) e aqueles que podem ser controlados como tabagismo, obesidade, sedentarismo, altas taxas de colesterol e triglicerídeos.
Segundo Pinto et al (2007) a população obesa vem crescendo cada vez mais e isto é um fato preocupante porque, além de doenças cardíacas a pessoa está sujeita a adquirir outras doenças relacionadas à obesidade, como o diabetes tipo II que afeta, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo e no Brasil a ocorrência média de diabetes na população acima de 18 anos é de 5,2%, o que representa 6.399.187 pessoas.
De acordo com Alves, Coutinho & Santos (2008) a avaliação antropométrica e a identificação do excesso de peso podem favorecer a identificação precoce do risco cardiovascular e, dizem ainda, “estudos destacam que a circunferência da cintura elevada, além da inadequação de outros índices como índice de massa corporal (IMC) e a razão da circunferência cintura/quadril (RCQ) podem contribuir para o aumento do risco coronariano.”
Machado & Sichieri (2002) obtiveram em estudo relacionando a circunferência cintura/quadril entre homens e mulheres adultos resultado que mostra que a RCQ inadequada esta associada diretamente à idade, tabagismo e IMC e inversamente a escolaridade, renda e atividade física e que “a distribuição da gordura corporal tem um forte determinação genética.”
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda as medidas dos perímetros da cintura e do quadril como referência para a identificação do risco coronariano, pois o aumento da deposição de gordura abdominal na população pode fornecer um indicador sensível dos problemas de saúde relacionados ao sobrepeso. Além disso, “a utilização dessas medidas tem a vantagem da simplicidade e basear-se em medidas de fácil obtenção, sendo por isso um instrumento de grande valia.” (PEREIRA, SICHIERI & MARINS, 1995). Segundo as autoras, se comparada à razão cintura/altura (RCA) e ao perímetro da cintura (PC) a RCQ apresenta maior capacidade preditiva de hipertensão arterial e menor correlação com o IMC, permitindo maior discriminação de indivíduos em risco de doença crônica, “particularmente hipertensão arterial” e encontraram evidências de que indivíduos com IMC abaixo de 25 kg/m² apresentaram RCQ com melhor desempenho. Resultados que evidenciam que o efeito da gordura total pode ser menos importante do que o efeito da gordura depositada no abdômen, “em consonância com o que tem sido sugerido por outros autores.”
A obtenção da RCQ é fácil, porém, deve ser realizada por pessoas capacitadas para evitar avaliações enganosas e atitudes precipitadas. Utilizaremos no presente trabalho as técnicas apresentadas por Marins & Giannichi (2003) para a obtenção dos perímetros da cintura e do quadril:
Circunferência abdominal (cintura): o ponto anatômico de referência é a cicatriz umbilical, colocando-se a fita em plano horizontal.
Circunferência do quadril: a fita deverá ser colocada de forma horizontal, tomando como ponto de referência a região de maior volume dos glúteos.
Segundo Pinto et al (2007) a população obesa vem crescendo cada vez mais e isto é um fato preocupante porque, além de doenças cardíacas a pessoa está sujeita a adquirir outras doenças relacionadas à obesidade, como o diabetes tipo II que afeta, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo e no Brasil a ocorrência média de diabetes na população acima de 18 anos é de 5,2%, o que representa 6.399.187 pessoas.
De acordo com Alves, Coutinho & Santos (2008) a avaliação antropométrica e a identificação do excesso de peso podem favorecer a identificação precoce do risco cardiovascular e, dizem ainda, “estudos destacam que a circunferência da cintura elevada, além da inadequação de outros índices como índice de massa corporal (IMC) e a razão da circunferência cintura/quadril (RCQ) podem contribuir para o aumento do risco coronariano.”
Machado & Sichieri (2002) obtiveram em estudo relacionando a circunferência cintura/quadril entre homens e mulheres adultos resultado que mostra que a RCQ inadequada esta associada diretamente à idade, tabagismo e IMC e inversamente a escolaridade, renda e atividade física e que “a distribuição da gordura corporal tem um forte determinação genética.”
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda as medidas dos perímetros da cintura e do quadril como referência para a identificação do risco coronariano, pois o aumento da deposição de gordura abdominal na população pode fornecer um indicador sensível dos problemas de saúde relacionados ao sobrepeso. Além disso, “a utilização dessas medidas tem a vantagem da simplicidade e basear-se em medidas de fácil obtenção, sendo por isso um instrumento de grande valia.” (PEREIRA, SICHIERI & MARINS, 1995). Segundo as autoras, se comparada à razão cintura/altura (RCA) e ao perímetro da cintura (PC) a RCQ apresenta maior capacidade preditiva de hipertensão arterial e menor correlação com o IMC, permitindo maior discriminação de indivíduos em risco de doença crônica, “particularmente hipertensão arterial” e encontraram evidências de que indivíduos com IMC abaixo de 25 kg/m² apresentaram RCQ com melhor desempenho. Resultados que evidenciam que o efeito da gordura total pode ser menos importante do que o efeito da gordura depositada no abdômen, “em consonância com o que tem sido sugerido por outros autores.”
A obtenção da RCQ é fácil, porém, deve ser realizada por pessoas capacitadas para evitar avaliações enganosas e atitudes precipitadas. Utilizaremos no presente trabalho as técnicas apresentadas por Marins & Giannichi (2003) para a obtenção dos perímetros da cintura e do quadril:
Circunferência abdominal (cintura): o ponto anatômico de referência é a cicatriz umbilical, colocando-se a fita em plano horizontal.
Circunferência do quadril: a fita deverá ser colocada de forma horizontal, tomando como ponto de referência a região de maior volume dos glúteos.
Agora, para se determinar a RCQ basta dividir os resultados obtidos:
RCQ = Cintura (cm)/Quadril (cm).
Pereira, Sichieri & Marins (1995) indicam utilizar os valores de 0,95 como referência da RCQ para homens e 0,80 para mulheres, porém, Pinto et al (2007) utilizaram em seu estudo a tabela de classificação do programa Physical Test 5.0 para analisar a classificação da RCQ, o que nos fornece valores mais específicos para as diversas faixas etárias.
Pereira, Sichieri & Marins (1995) indicam utilizar os valores de 0,95 como referência da RCQ para homens e 0,80 para mulheres, porém, Pinto et al (2007) utilizaram em seu estudo a tabela de classificação do programa Physical Test 5.0 para analisar a classificação da RCQ, o que nos fornece valores mais específicos para as diversas faixas etárias.
O presente trabalho não tem a intenção de ser referência absoluta no tema em questão. Pretendemos apenas fornecer conhecimentos básicos a respeito de um assunto que atinge a todos e que tem sido tratado como problema de saúde pública. Os profissionais de saúde devem sempre ser consultados antes de tomarmos decisões ou nos medicar. Procurem orientação junto aos profissionais capacitados para evitar erros de avaliação e atitudes que possam comprometer a sua saúde.
REFERÊNCIAS
ALVES, Lívia Ramos; COUTINHO, Vanessa; SANTOS, Luana Caroline dos. Indicadores antropométricos associados ao risco de doença cardiovascular. Arquivos Sanny de pesquisa em Saúde, Santos, v.1, n.1, set./out. 2008.
BRASIL, Ministério da Saúde. Dia Mundial do Diabetes. Disponível em http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=1457
MACHADO, Paula Aballo Nunes; SICHIERI, Rosely. Relação cintura-quadril e fatores de dieta em adultos. Revista Saúde Pública. Vol 36, nº 2. São Paulo: abr-li/2002. Disponível em http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v36n2/9212.pdf
MARINS, João C. Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo S. Avaliação e Prescrição de Atividade Física: Guia prático. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
PEREIRA, Rosângela Alves; Sichiery, Rosely; MARINS, Vânia M. R. Relação cintura-quadril como preditor de hipertensão arterial. Caderno Saúde Pública. Vol. 15. Nº 2. Rio de Janeiro: 1999.
PINTO, Marcus Vinícius de Mello et al. Análise dos riscos coronarianos através da relação cintura-quadril em taxistas residentes na cidade de Cara-tinga-MG. Revista Digital – Buenos Aires –Ano 12 – nº 114 – Novembro de 2007. Disponível em http://www.efdeportes.com/efd114/riscos-coronarianos-em-taxistas.htm
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia Humana: Uma abordagem integrada. 2ª Ed. São Paulo: Manole, 2003.
IMAGENS
http://solegelo.blogspot.com/2008/06/explorar-as-pase-de-matemtica-2008_29.html
http://andreiatorres.blogspot.com/2007/05/relao-cintura-quadril.html
2 comentários:
Cláudio, parabéns pela preocupação e disposição de escrever um artigo desse teor, tão sério e com base em estudos científicos. Estou dentro desse conjunto de indivíduos que está acima do peso, e confesso que é uma luta difícil, seja por fatores genéticos, seja porque meus hábitos alimentares também não estão muito adequados para quem precisa perder peso. E é sempre bom nos depararmos com informações tão valiosas. Obrigado! Forte abraço! @JoelMaratonista
Olá, Joel;
É sempre bom receber comentários como o seu, o que nos estimula a querer melhorar sempre mais.
Continue emitindo seus comentários, favoráveis ou não, pois a crítica construtiva também nos faz crescer.
Um abraço e boa sorte.
Cláudio.
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