Valdecir João Vieira é uma dessas pessoas a quem admiramos com facilidade. Catarinense de Joinville, Valdo é um apaixonado pelo que faz – pedalar. O ex-padre que adora viajar de bicicleta conhece 28 países, fala português, espanhol, italiano e inglês, conhece a língua indígena tukano e duas línguas africanas de Moçambique, Chinhungue e Ronga, e garante: “O maior prazer de uma viagem é fazer amizade, conhecer pessoas e, de maneira simples e cordial, compartilhar momentos de alegria em diversas comunidades diferentes”.
BSL: Como você começou a fazer cicloturismo? O que o motivou?
VALDO: Comecei quase por acaso. Em 2003 eu tinha acabado de voltar de Roma depois de ter passado por uma situação melindrosa com a perda de uma bolsa de estudos. Eu estava bastante abalado e por isso resolvi viajar. Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Bolívia e Paraguai. E foi em Cusco, no Peru, que eu vi, pela primeira vez, um cicloturista com quatro alforjes na bicicleta. Aquilo me chamou tanto a atenção que as pessoas até comentaram a minha atitude. A partir daquele momento comecei a pensar na possibilidade de fazer uma viagem de bicicleta.
Ao chegar a Curitiba, precisei apenas de 10 dias para montar uma bicicleta, comprar os alforjes e treinar no parque. No dia da partida o odômetro marcava 100 km. A primeira viagem foi de 4.070 km = Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e volta para Curitiba.
BSL: Qual foi a viagem que mais te marcou? Por quê?
VALDO: De todas as viagens tenho boas recordações. Mas a que mais me marcou mesmo foi o Pedal nas Nuvens, uma aventura no Deserto de Siloli, na Bolívia onde pedalei entre os quatro e cinco mil metros de altitude. O que antes eu não conseguia nem sequer imaginar, de repente se tornou realidade. Descobri que do alto dos meus 63 anos eu ainda era capaz de vencer grandes desafios. A minha confiança e auto-estima aumentou muito depois desta viagem. Venci os meus temores. Dominei o medo.
BSL: Como você começou a fazer cicloturismo? O que o motivou?
VALDO: Comecei quase por acaso. Em 2003 eu tinha acabado de voltar de Roma depois de ter passado por uma situação melindrosa com a perda de uma bolsa de estudos. Eu estava bastante abalado e por isso resolvi viajar. Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Bolívia e Paraguai. E foi em Cusco, no Peru, que eu vi, pela primeira vez, um cicloturista com quatro alforjes na bicicleta. Aquilo me chamou tanto a atenção que as pessoas até comentaram a minha atitude. A partir daquele momento comecei a pensar na possibilidade de fazer uma viagem de bicicleta.
Ao chegar a Curitiba, precisei apenas de 10 dias para montar uma bicicleta, comprar os alforjes e treinar no parque. No dia da partida o odômetro marcava 100 km. A primeira viagem foi de 4.070 km = Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e volta para Curitiba.
BSL: Qual foi a viagem que mais te marcou? Por quê?
VALDO: De todas as viagens tenho boas recordações. Mas a que mais me marcou mesmo foi o Pedal nas Nuvens, uma aventura no Deserto de Siloli, na Bolívia onde pedalei entre os quatro e cinco mil metros de altitude. O que antes eu não conseguia nem sequer imaginar, de repente se tornou realidade. Descobri que do alto dos meus 63 anos eu ainda era capaz de vencer grandes desafios. A minha confiança e auto-estima aumentou muito depois desta viagem. Venci os meus temores. Dominei o medo.
BSL: Por falar em medo, você não acha que é loucura sair andando sozinho por aí de bicicleta? Você não tem medo?
VALDO: Eu acho que é loucura a gente chegar à terceira idade e “pendurar as chuteiras”. Cada idade tem a sua beleza e é preciso saber vivê-la na sua plenitude. É verdade que é preciso muita determinação e força de vontade para realizar sozinho uma grande viagem de bicicleta. Ainda mais se esta bicicleta for uma Tanajura, uma Cruzbike, uma Reclinada com tração dianteira. Mas a alegria que a gente sente em vencer os desafios é tão grande que até os próprios temores desaparecem. Viajar sozinho tem a vantagem de poder interagir com as pessoas pelo caminho. Em geral você é admirado e as pessoas se identificam com o cicloturista.
BSL: O seu mais novo projeto é o Pedalando pela Paz. Fale um pouco sobre ele e de como pedalar pode contribuir para a paz.
VALDO: O Projeto Pedalando pela Paz é meio arrojado. Tem como objetivo dar a volta ao mundo para levar às pessoas que eu encontrar pelo caminho uma mensagem de Paz. Paz no trânsito. Paz no ecossistema viajando sem poluição. Paz aos corações das pessoas que se aproximam de mim durante a viagem.
Muita gente precisa de um ombro amigo; de uma pessoa de confiança com quem possam desabafar. E, não sei porque, ou talvez eu até saiba, elas sentem confiança em mim. Encontrei uma nova forma de fazer apostolado com alegria. E isto é muito gratificante. Não é preciso falar muito; basta saber escutar.
BSL: Há alguma maneira de acompanhar a sua viagem? Você criou algum site, blog, orkut ou coisa parecida?
VALDO: Toda a viagem vai ser relatada no Diário de Bordo que terá atualização semanal ou sempre que eu tiver acesso à Internet. Basta entrar no meu site.
Tenho também um blog com muitas notícias sobre as viagens.
Para melhor acompanhar a viagem, basta se inscrever no grupo de discussão Pedalando pela Paz que se encontra no site, no blog e no diário de bordo. Toda vez que eu atualizar o diário vou enviar uma mensagem ao grupo informando da atualização e passando também o endereço do Diário de Bordo.
BSL: Você tem algum apoio financeiro ou patrocínio para o projeto? Como as pessoas podem fazer para contribuir?
VALDO: Recebi um apoio de R$ 10.000,00 da FUNCULTURAL Secretaria de Estado de Turismo Cultura e Esporte de SC para ajudar na impressão dos meus livros.
Quem quiser contribuir com o Projeto Pedalando pela Paz pode fazê-lo como Padrinho ou Madrinha, depositando qualquer quantia na minha conta bancária:
Caixa Econômica FederalAgência: 4123 - Tipo: 013 - Conta: 4778-5
Depois é só enviar um e-mail para para que o nome do Padrinho ou Madrinha seja incluído na lista.
BSL: Recentemente você participou da BICICULTURA – Conferência Internacional de Mobilidade por Bicicleta, em Brasília. Como foi a sua participação e o que você pode concluir do encontro?
VALDO: A participação da BICICULTURA foi simplesmente maravilhosa. Tive a oportunidade de falar sobre as minhas viagens de cicloturismo para uma platéia que se mostrou muito interessada. Talvez a motivação maior foi ver um “velhinho” de barba e cabelos brancos falando sobre viagens fantásticas realizadas de bicicleta, em sete países da América do Sul. Um senhor de meia idade comentou no final da palestra. Eu vou começar a pedalar. Se o Valdo fez tudo isto iniciando sem nenhum preparo físico, eu também posso fazer.
A conclusão que tirei no final do encontro foi que finalmente o Brasil está despertando para o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo. Um transporte barato, efetivo e que preserva a natureza da poluição. Existe muita gente empenhada em fazer esta mudança acontecer.
BSL: Você tem livros publicados sobre cicloturismo. Como podemos adquiri-los?
VALDO: Tenho três livros sobre cicloturismo:
Pedalando Solitário do Oiapoque ao Chuí
Pedalando e Desvendando a Carretera Austral
Pedal nas Nuvens – Uma aventura na Bolívia, no Deserto de Siloli
Para adquirir os livros basta entrar no meu site.
BSL: Vou repetir para você a pergunta que fiz para a Eliana Garcia, do Clube de Cicloturismo do Brasil: O que é cicloturismo, em apenas uma palavra?
VALDO: Liberdade!
BSL: O seu mais novo projeto é o Pedalando pela Paz. Fale um pouco sobre ele e de como pedalar pode contribuir para a paz.
VALDO: O Projeto Pedalando pela Paz é meio arrojado. Tem como objetivo dar a volta ao mundo para levar às pessoas que eu encontrar pelo caminho uma mensagem de Paz. Paz no trânsito. Paz no ecossistema viajando sem poluição. Paz aos corações das pessoas que se aproximam de mim durante a viagem.
Muita gente precisa de um ombro amigo; de uma pessoa de confiança com quem possam desabafar. E, não sei porque, ou talvez eu até saiba, elas sentem confiança em mim. Encontrei uma nova forma de fazer apostolado com alegria. E isto é muito gratificante. Não é preciso falar muito; basta saber escutar.
BSL: Há alguma maneira de acompanhar a sua viagem? Você criou algum site, blog, orkut ou coisa parecida?
VALDO: Toda a viagem vai ser relatada no Diário de Bordo que terá atualização semanal ou sempre que eu tiver acesso à Internet. Basta entrar no meu site.
Tenho também um blog com muitas notícias sobre as viagens.
Para melhor acompanhar a viagem, basta se inscrever no grupo de discussão Pedalando pela Paz que se encontra no site, no blog e no diário de bordo. Toda vez que eu atualizar o diário vou enviar uma mensagem ao grupo informando da atualização e passando também o endereço do Diário de Bordo.
BSL: Você tem algum apoio financeiro ou patrocínio para o projeto? Como as pessoas podem fazer para contribuir?
VALDO: Recebi um apoio de R$ 10.000,00 da FUNCULTURAL Secretaria de Estado de Turismo Cultura e Esporte de SC para ajudar na impressão dos meus livros.
Quem quiser contribuir com o Projeto Pedalando pela Paz pode fazê-lo como Padrinho ou Madrinha, depositando qualquer quantia na minha conta bancária:
Caixa Econômica FederalAgência: 4123 - Tipo: 013 - Conta: 4778-5
Depois é só enviar um e-mail para para que o nome do Padrinho ou Madrinha seja incluído na lista.
BSL: Recentemente você participou da BICICULTURA – Conferência Internacional de Mobilidade por Bicicleta, em Brasília. Como foi a sua participação e o que você pode concluir do encontro?
VALDO: A participação da BICICULTURA foi simplesmente maravilhosa. Tive a oportunidade de falar sobre as minhas viagens de cicloturismo para uma platéia que se mostrou muito interessada. Talvez a motivação maior foi ver um “velhinho” de barba e cabelos brancos falando sobre viagens fantásticas realizadas de bicicleta, em sete países da América do Sul. Um senhor de meia idade comentou no final da palestra. Eu vou começar a pedalar. Se o Valdo fez tudo isto iniciando sem nenhum preparo físico, eu também posso fazer.
A conclusão que tirei no final do encontro foi que finalmente o Brasil está despertando para o uso da bicicleta como meio de transporte alternativo. Um transporte barato, efetivo e que preserva a natureza da poluição. Existe muita gente empenhada em fazer esta mudança acontecer.
BSL: Você tem livros publicados sobre cicloturismo. Como podemos adquiri-los?
VALDO: Tenho três livros sobre cicloturismo:
Pedalando Solitário do Oiapoque ao Chuí
Pedalando e Desvendando a Carretera Austral
Pedal nas Nuvens – Uma aventura na Bolívia, no Deserto de Siloli
Para adquirir os livros basta entrar no meu site.
BSL: Vou repetir para você a pergunta que fiz para a Eliana Garcia, do Clube de Cicloturismo do Brasil: O que é cicloturismo, em apenas uma palavra?
VALDO: Liberdade!
3 comentários:
A entrevista ficou muito boa, mas é preciso limpar os LINKS que ficaram com as impurezas do word.
Parabéns pelo lindo Blog.
Valdo
Entrevista com o Valdo com certeza é viajar muito sem sair do lugar e descobrir um pouco do mundo com suas palavras . Parabéns pela entrevista. O Valdo não mencionou sobre o CD( DVD) com as fotos de suas viagens. È maravilhoso é viajar junto com ele. Abraços blogueiros Mariza
Dr. Lima/Rádio 6 de Abril/CRuz-CE
O Amigo Valdo passa uma mensagem muito bonita, repleta de Amor e Paz.
A entrevista foi fantástica! Parabéns! Valdo não confirmou se pretende fazer palestras, durante sua Caminhada pela Paz, para passar a sua mensagem de Paz ao povo que visitar.
Um Abraço.
Cruz-CE, 11 de janeiro de 2009.
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