"A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer."

(Graciliano Ramos)



terça-feira, 31 de maio de 2011

DOZE MOTIVOS PARA PARAR DE FUMAR.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) prevê que o tabagismo irá matar mais de 16 mil pessoas por dia em 2011 e que já matou 100 milhões de pessoas no século XX. Acompanhe o restante da matéria aqui.

domingo, 15 de maio de 2011

COACHING E ESPORTE


Cláudio Quintanilha Siqueira

O processo de coaching, hoje muito difundido nos meios empresariais e entre executivos começou, na verdade, no meio esportivo onde o coach era o treinador, uma espécie de “professor de esportes”, segundo Lages e O’Connor (2010, p. 15). Frequentemente esses coachs eram bons jogadores que acabavam se tornando treinadores quando se aposentavam como atletas, muito embora nem sempre as habilidades exigidas para ser um atleta combinassem para que a pessoa se tornasse um bom coach. Em 1974 Timothy Gallwey pu-blicou um livro – The Inner Game of Tennis (ou o jogo de tênis interior, numa tradução literal) – que hoje é considerado um marco para o início do coaching que conhecemos hoje. Segundo o autor, o atleta tem dois adversários: um externo, que vai exigir o máximo de seu desempenho e a quem você deve vencer, e um interno, que gera distrações, conversas interiores e autoelogios (conhecem o “já ganhou?”) entre outras armas que dificultam ou impedem que o atleta alcance o máximo desempenho. Pois bem, é esse adversário interno que desvia a sua atenção do momento presente, tirando a sua concentração e diz a você como jogar em vez de deixá-lo simplesmente jogar.
Mas afinal, o que um coach esportivo faz? Quem nos dá a resposta é Wolk (2008, p. 178) que diz tratar-se de “uma intervenção a serviço da geração de resultados”, “da superação”, “do triunfo diante do adversário”, usando, segundo a Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), uma metodologia e uma série de técnicas desenvolvidas em décadas de estudos científicos.
Muitas vezes o atleta tem dúvidas sobre qual campeonato focar, como conciliar a agenda pessoal com a profissional ou como melhorar o desempenho. Além do treinamento físico e tático, o atleta necessita de acompanhamento para ajudar a sua carreira e a vida pessoal e o coach o ajudará a atingir as suas metas, pois o processo de coaching faz com que a pessoa se torne mais consciente do rumo que está tomando e mostra as várias opções de mudança durante a jornada rumo ao sucesso.
O método de coaching pode ser realizado individualmente ou em grupos ajudando a desenvolver o equilíbrio emocional, o aumento da concentração e o trabalho em equipe, porém, o coaching não deve ser imposto, mas sim oferecido como uma opção, cuja decisão é do próprio atleta em desenvolver competências e dar pequenos passos para atingir as suas metas.
O coach Ricardo Melo enfatiza que o coaching esportivo é essencial para que equipes e atletas de alto nível possam aumentar seu rendimento nas competições. Entretanto praticantes de atividade física que não visam a um alto rendimento atlético, mas sim o lazer, o bom condicionamento físico e boa qualidade de vida também podem se beneficiar do coaching uma vez que o processo pode ajudá-lo a enfrentar crenças limitantes e a superar os seus próprios limites.



REFERÊNCIAS
LAGES, Andrea; O’CONNOR, Joseph. Como o coaching funciona: o guia essencial para a história e prática do coaching eficaz. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.
WOLK, Leonardo. Coaching: a arte de soprar brasas. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008.


INTERNET
SBC – Sociedade Brasileira de Coaching. http://www.sbcoaching.com.br/sbcblog/?p=278.
http://www.rumocoaching.com.br/blog/coaching-e-a-nova-estrategia-para-esportes
http://www.institutoricardomelo.com.br/2006/coachingInterna.asp.?id=3

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Vítima ou Sobrevivente?

Charles Pellegrino relata em seu livro O Último Trem de Hiroshima que Masahiro Sasaki ao ser apresentado durante uma cerimônia nos Estados Unidos, 50 anos após a explosão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, como uma "vítima" da tragédia, teria corrigido o apresentador e se identificado como um "sobrevivente" e não "vítima", pois, para ser vítima, segundo as suas palavras, deveria haver um culpado e o momento não era de procurar culpados, mais sim aprender com os erros e finaliza a sua fala dizendo: "Todo o sofrimento do passado não significa nada agora se não tirarmos lições a partir das quais possamos construir um mundo melhor para a criança de amanhã." (p. 352).
E você? Prefere ser Vítima e procurar culpados pelos seus insucessos ou um Sobrevivente e buscar se desenvolver e aprender com os erros?

FONTE
PELLEGRINO, Charles. O último trem de Hiroshima: os sobreviventes olham para trás. São Paulo: Leya, 2010.

IMAGEM: Masahiro Sasaki (E) durante cerimônia em homenagem às vítimas do WTC, em Nova York. Disponível em
http://www.ny.us.emb-japan.go.jp/en/c/2007/japaninfo0709.html

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Diabetes – causas e consequências

Cláudio Quintanilha Siqueira
Produzida pelo pâncreas, a insulina é o hormônio responsável pelo transporte da glicose até as células do corpo humano, suprindo-as com as moléculas responsáveis em lhes fornecer energia. A deficiência no transporte da glicose até as células pode acarretar uma série de problemas no organismo como lesão nos vasos sanguíneos, e nos nervos, problemas nos olhos e nos rins; podendo levar, em casos extremos, ao coma ou até mesmo à morte. O diabetes, caracterizado principalmente pelas altas taxas de glicose no sangue, é uma doença incurável, mas pode ser controlada com tratamento médico adequado, hábitos alimentares saudáveis e prática regular de atividades físicas mantendo, assim, a glicemia sanguínea em níveis aceitáveis.
Conforme já foi publicado aqui no blog, o diabetes foi descrito há quase 2000 anos pelo médico Areteu da Capadócia, na Grécia, mas somente em 1889 dois cientistas alemães - Von Mering e Minkowski - descobriram que era o pâncreas que produzia uma substância capaz de controlar o açúcar no sangue e evitar os sintomas da doença. No entanto, a causa do diabetes “continua sendo um mistério”, embora já saibamos que fatores como a obesidade e o sedentarismo sejam facilitadores para o aparecimento da enfermidade, aumentando o risco de desenvolvimento da doença entre homens e mulheres progressivamente com a quantidade de gordura em excesso, conforme atesta Varella (2005). Entretanto, Barra (2010) relata que recente pesquisa realizada pelo cientista Lício Velloso, do Departamento de Clínica Médica da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), revela que alterações no hipotálamo podem, entre outras coisas, levar a alterações da função do pâncreas, glândula responsável pela produção de insulina. Segundo o jornalista, o pesquisador, que estuda há 10 anos a ligação entre a ingestão de alimentos com o ganho de peso testou ratos em laboratório para observar qual o efeito da mudança no hipotálamo para a regulação do peso. Uma das descobertas é a ligação da inflamação no hipotálamo com a falência das células beta das ilhotas de Langerhans(1) no pâncreas em garantir ao corpo a insulina, acarretando no aparecimento da diabetes mellitus tipo 2. O pesquisador diz que é a união de dois problemas: o hipotálamo não controla mais a fome e a pessoa fica obesa e, por outro lado, ainda atrapalha a função do pâncreas para a secreção da insulina e, acrescenta que recomendar dietas a obesos, pura e simplesmente, não adianta e que é preciso mudar o padrão dos nossos alimentos. E conclui aconselhando que devemos trocar o que faz mal ao corpo por ômega 3 e 9, por exemplo.
Segundo Pinto et al (2007) a população obesa vem crescendo cada vez mais e isto é um fato preocupante porque, além de doenças cardíacas a pessoa está sujeita a adquirir outras doenças relacionadas à obesidade, como o diabetes tipo 2 que afeta, segundo o Ministério da Saúde brasileiro, cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo e no Brasil, de acordo com dados de 2007 do VIGITEL (Sistema de Monitoramento de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis), a ocorrência média de diabetes na população acima de 18 anos é de 5,2%, o que representa 6.399.187 pessoas, sendo que a incidência aumenta com a idade, atingindo 18,6% da população com idade superior a 65 anos, conforme mostram os gráficos abaixo.







Dados estatísticos de 2007 divulgados pela American Diabetes Association (ADA) apontam que 23,6 milhões de crianças e adultos jovens nos Estados Unidos são portadores de Diabetes Mellitus, o que representa 7,8% da população e que 1,6 milhão de novos casos são diagnosticados em pessoas com 20 anos ou mais a cada ano e, “só no Brasil, existem cerca de dez milhões de diabéticos, sendo que 90% são do tipo 2.” (PÓVOA, 2002, p.153).
O Diabetes Mellitus é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma enfermidade crônica que aparece quando o pâncreas não produz insuli-na suficiente ou quando o corpo não pode usá-la de maneira efetiva. Inclusive Póvoa (2002) relata que algumas pessoas diabéticas produzem insulina suficiente, mas não contam com um bom número de receptores nas células para que o hormônio possa funcionar adequadamente, cumprindo o seu papel.
Conforme é descrito pela ADA, quando você ingere um alimento, o corpo “quebra” as moléculas de açúcar e amidos em glicose, que é o combustível básico para as células do corpo sendo, “na maioria das circunstâncias, a única molécula que os neurônios utilizam para obter energia” (SILVERTHORN, 2003, p. 225), porém, quando a glicose se acumula no sangue ao invés de ir para as células, apare-cem as complicações associadas ao diabetes que o Ministério da Saúde de Portugal cita, entre outros: retinopatia (lesão na retina), nefropatia (lesão nos rins), hipertensão arterial, AVCs (Acidentes Vasculares Cerebrais), disfunção e impotência sexual, obstrução arterial periférica e infecção urinária.
O Ministério da Saúde brasileiro reconhece como tipos mais frequentes de diabetes mellitus os do Tipo 1, 2, e o Gestacional que definiremos a seguir conforme a American Diabetes Association (ADA).

Diabetes Tipo 1: “Normalmente diagnosticada em crianças e adultos jovens[...]No diabetes tipo 1 o corpo não produz insulina – o hormônio necessário para converter açúcar, amido e outros alimentos em energia.”
De acordo com Silverthorn (2003) o Diabetes Mellitus Tipo 1 (ou insulino-dependente) é uma doença auto-imune causada pela destruição das células beta do pâncreas(2) quando o corpo falha no seu reconhecimento como próprias e as des-trói por meio de anticorpos e células brancas do sangue e afirma que “o único tratamento é por meio da injeção de insulina.” (p.658)
D’Elia (2009) inclui as pessoas portadoras de diabetes mellitus insulino-dependente com mais de 30 anos de idade ou que possuam a doença há mais de 15 anos nos fatores de risco de doenças artério-coronarianas.

Diabetes Gestacional: Segundo a ADA, durante a gravidez – normalmente por volta da 28ª semana em diante – muitas mulheres apresentam o diabetes, não significando que a mulher tinha a doença antes da concepção ou a terá após o nascimento do bebê. No entanto o Ministério da Saúde de Portugal alerta que a diabetes gestacional requer muita atenção, sendo fundamental que, depois de detectada a hiperglicemia, seja corrigida com a adoção de uma dieta apropriada. Quando esta não é suficiente, deve-se recorrer ao uso de insulina para que a gravidez decorra sem problemas para a mãe e para o bebê. E prevê, ainda, que uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes.
O metabolismo dos carboidratos e dos lipídios muda, segundo Silverthorn (2003), durante a gestação sob a influência dos hormônios maternos e da placenta. A autora ainda acrescenta que em aproximadamente 3% das gestações a mãe a-presenta elevadas concentrações de glicose em jejum, similares àquelas ob-servadas no Diabetes Mellitus, sendo a sua causa ainda desconhecida, mas, sabe-se que mães com diabetes gestacional e seus bebês têm grande probabilidade de desenvolverem o diabetes tipo 2 futuramente, no decorrer da vida.

Diabetes Tipo 2: É o mais comum dos diabetes e, segundo a ADA, alguns grupos tem maior risco de desenvolver a doença que outros, sendo mais comuns entre afri-canos, norte americanos, latinos, havaianos e outros povos das ilhas do pacífico.
No diabetes tipo 2, o corpo não produz insulina suficiente ou as células a ignora. É também conhecido como diabetes resistente à insulina e “compreendem 90% da população de diabéticos”, sendo que “cerca de 80% dos Tipo 2 são obesos.” (SILVERTHON, 2003, p.658).
O Manual Merk de Informação Médica (2002) descreve o diabetes mellitus tipo 2 como um distúrbio no qual a concentração de glicose sanguínea encontra-se anormalmente elevada, no entanto, o pâncreas continua a produzir insulina, algumas vezes em níveis mais elevados do que o normal, mas o organismo desenvolve uma resistência aos seus efeitos e o resultado é um déficit relativo de insulina.

O controle da glicemia não só é desejável como possível e o portador de diabetes tem condições de levar uma vida absolutamente normal, como afirma Bronstein (2002). Ainda segundo o endocrinologista a atividade física é de vital importância para os diabéticos, porque acelera o metabolismo, ajudando a queimar calorias e a controlar o peso; proporciona bem-estar e é benéfica para todo o organismo: ativa a função cardíaca, melhora a pressão arterial etc. Mas ressalta que o diabético só deve aplicar-se a um programa de exercícios se a doença estiver controlada. “Se estiver descompensada, a atividade física pode ter efeito contrário ao que se deseja, pois o fígado vai produzir mais açúcar”, adverte.
Voltaremos a falar mais sobre o assunto.

(1) Silverthorn (2003) descreve as ilhotas de Langerhans como um agrupamento de células dispersas por todo o pâncreas que contém quatro tipos distintos de células, cada qual associada à secreção de um hormônio diferente.


(2) As células beta do pâncreas correspondem a aproximadamente três quartos das ilhotas de Langerhans e são as responsáveis pela produção de insulina, de acordo com Silverthorn (2003).



REFERÊNCIAS

AMERICAN DIABETES ASSOCIATION. All about diabetes. Disponível em:
http://www.diabetes.org/about-diabetes.jsp. Acesso em 31ago 2010.

BARRA, Mário. Inflamação no cérebro pode acarretar obesidade e diabetes tipo 2. Disponível em http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/naticia/2010/08/inflamacao-no-cerebro-pode-acarretar-obesidade-e-diabetes-tipo-2.html. Acessso em 04 set. 2010.

BRASIL, Ministério da Saúde. Dia Mundial do Diabetes. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=1457. Acesso em: 6 set. 2010.

______, Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2007: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília: Ministério da Saúde, 2007. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=23617&janela=1.
Acesso em 4 set 2010.

BRONSTEIN, Marcello. Diabetes. Disponível em: http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/770/diabetes. Acesso em 6 set 2010. Entrevista concedida a Drauzio Varela.

D’ELIA, José Rubens. Ciclismo: treinamento, fisiologia e biomecânica. São Paulo: Phorte, 2009.

MANUAL MERCK DE INFORMAÇÃO MÉDICA: Saúde para a família. São Paulo: Manole, 2002.

PINTO, Marcus Vinícius de Mello et al. Análise dos riscos coronarianos através da relação cintura-quadril em taxistas residentes na cidade de Caratinga-MG. Revista Digital – Buenos Aires –Ano 12 – nº 114 – Novembro de 2007. Disponível em: http://www.efdeportes.com/efd114/riscos-coronarianos-em-taxistas.htm. Acesso em 22 jul. 2010.

PORTUGAL, Ministério da Saúde. Diabetes. Disponível em: http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doenças+cronicas/diabetes.htm.
Acesso em 04 set. 2010.

PÓVOA, Helion. O cérebro desconhecido. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Barueri, SP: Manole, 2ª ed., 2003.

VARELLA, Dráuzio. A epidemia de diabetes. Disponível em:
http://www.drauziovarella.ig.com.br/artigos/diabetes.asp. Acesso em 5 set. 2010.

______. Diabetes. Disponível em: http://drauziovarella.ig.com.br/arquivo/arquivo.asp?doe_id=55. Acesso 2 set. 2010.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Diabetes. Disponível em:
http://www.who.int/topics/diabetes_mellitus/en/. Acesso em 6 set. 2010.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

10° Encontro Nacional de Cicloturismo e Aventura

Coincidindo com os 10 anos de fundação do Clube de Cicloturismo do Brasil, o 10° Encontro Nacional será realizado na cidade de Santa Maria Madalena/RJ entre os dias 12 e 15 de novembro de 2011.


Pela primeira vez o Encontro será realizado no estado do Rio de Janeiro, nesta simpática e aconchegante cidade localizada a 228 km do Rio de Janeiro - pela BR-116, passando por Friburgo ou 249 km, pela BR-101, passando por Conceição de Macabu; 79 km de Macaé e 134 km de Campos dos Goytacazes. Outras distâncias de referência podem se encontradas aqui.


Santa Maria Madalena abriga a sede do Parque Estadual do Desengano, criado em 13 de abril de 1970 pela Lei Estadual n° 250 e abrange os municípios de São Fidélis, Santa Maria Madalena e Campos dos Goytacazes com os seus 22.400 hectares (224 km²). O Parque apresenta uma exuberante natureza com várias cachoeiras e rios, onde se destacam as cachoeiras Bonita e Tombo d'Água e os rios Grande, do Colégio e Mocotó, entre outros. Sua fauna é abundante e oferece abrigo a vários animais como a preguiça-de-coleira, a onça-parda, quati, paca, macaco-prego, jacutinga, macuco etc.


Algumas elevações rochosas também se destacam em meio a vegetação: Pico do Desengano: 1761 m de altitude; Pico São Mateus: 1576 m de altitude; Pedra Agulha: 1080 m de altitude.


Segundo os organizadores, as inscrições para o Encontro estarão abertas no segundo semestre, portanto, fiquem ligados e não deixem de participar.




Veja abaixo algumas fotos (arquivo pessoal). Outras fotos podem ser vistas no Clube de Cicloturismo.




FONTES
www.clubedecicloturismo.com.br
www.pmsmm.rj.gov.br/desengano.php
www.inea.rj.gov.br/Unidades/pqdesengano.asp
http://pt.wikipedia.org/

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Atividade física como meio de sobrevivência

Cláudio Quintanilha Siqueira

O ser humano vem buscando, ao longo de milhares de anos, meios que visam facilitar o seu dia a dia, tornando as atividades necessárias a sua sobrevivência menos penosas. Criaram utensílios para prolongar seus membros, ampliar sua força, cortar e furar. Como Blainey (2007) escreveu, criaram utensílios com “lascas de pedra em forma de pontas de lança, lâminas e outros instrumentos de corte e de perfuração[...]” (p.15), se distinguindo dos outros animais por “transformar a natureza, criando para si uma cultura. Embora essa intervenção tenha trazido, ao longo do tempo, melhorias à vida humana, provocou também grandes problemas.” (COTRIN, 2006, p. 11), como veremos à frente.


Diante da necessidade de obter alimentos e fugir de predadores, o homem realizava atividades físicas de forma natural e utilitarista como nadar, correr, saltar, subir em árvores e atirar objetos. No entanto, ao descobrir o fogo – “resultado de muitas ideias e experiências durante milhares de anos” (BLAINEY, 2007, p.15) - e inventar a roda por volta de 3.000 a.C., segundo o professor, o homem não só facilitou o seu cotidiano como também se tornou sedentário à medida que novas facilidades foram criadas e a domesticação de animais estabelecida. De fato, como afirma Cotrin (2006), quando grupos humanos desenvolveram a criação de animais e a agricultura, no período neolítico, foi possível o desenvolvimento de comunidades sedentárias.


Antes nômades, coletores e caçadores que, “para viver do que a terra oferecia, precisavam fazer longas caminhadas a lugares onde sementes e frutas pudessem ser encontradas.” (BLAINEY, 2007, p.7); as habilidades físicas eram de vital importância para a sua sobrevivência; hoje, o ser humano dispõe de tecnologia suficiente para que tenha tudo o que precisa à mão, sem a necessidade de gastos energéticos extras devido à redução da intensidade e da frequência dos exercícios físicos. Como atesta Cotrin (2006), durante a Pré-história, nas comunidades onde a sobrevivência dependia da caça e da coleta, havia a necessidade de migração constante quando as reservas naturais se tornavam escassas e o grupo se deslocava para outras regiões. “Por isso essas comunidades eram nômades.” (p.26), afirma o autor.


Tais comodidades apresentam implicações para a nossa saúde devido ao sedentarismo e aos maus hábitos alimentares induzidos pelas facilidades oferecidas por produtos industrializados. Bacurau (2009) alerta, inclusive, que em indivíduos sedentários o excesso de gordura da dieta pode se depositar no corpo, acarretando em obesidade e nos fatores de risco relacionados, provocando o aparecimento de problemas de saúde como hipertensão arterial, riscos coronarianos e Diabetes Mellitus tipo 2, entre outros. Falaremos mais sobre isso na próxima semana.



REFERÊNCIAS


BACURAU, Reury Frank. Nutrição e suplementação esportiva. São Paulo: Phorte, 6ª ed., 2009.


BLAINEY, Geofrey. Uma breve história do mundo. São Paulo: Fundamento, 2007.


COTRIN, Gilberto. Fundamentos da filosofia: história e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 16ª ed., 2006.

IMAGEM: http://www.pupulu.blogspot.com/

terça-feira, 15 de março de 2011

A aventura da mobilidade urbana

A revista Carta Capital trás como destaque uma interessante análise do jornalista Dal Marcondes sobre mobilidade urbana. Veja aqui.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Triglicerídeos. Você já ouviu falar.

Cláudio Quintanilha Siqueira
O que me chamou a atenção e me estimulou a pesquisar e escrever sobre o triglicerídeo foi o fato de saber que um amigo estava com a taxa desse lipídio em níveis altíssimos. Então, vamos lá.
Triacilglicerol, mais popularmente conhecido como triglicerídeo, é um tipo de gordura presente na nossa corrente sanguínea e no tecido adiposo e o seu excesso, segundo o National Institutes of Health, pode contribuir para o endurecimento e estreitamento das artérias, aumentando o risco de sofrermos um infarto ou um derrame cerebral.
Os triglicerídeos são naturalmente produzidos no nosso organismo "a partir do excesso de calorias, independente de sua origem, gordura, proteína ou açúcar" (ALMEIDA, 2006) e, em níveis elevados, estão associados a quatro condições patogênicas que aceleram a aterosclerose, conforme relatam Schiavo et al (2003): diminuição dos níveis de HDL; aumento das lipoproteínas remanescentes; pequena elevação na LDL e aumento das condições trombogênicas. Além disso, ainda segundo os autores, o aumento de triglicerídeos está relacionado também ao risco de doenças cardiovasculares, com um risco maior entre as mulheres.
Silverthorn (2003) descreve o triglicerídeos como a forma de gorduras mais importantes no nosso organismo, por constituirem as lipoproteínas e representam mais de 90% dos lipídios, sendo formados pela combinação do glicerol com os ácidos graxos[1] no retículo endoplasmático.
Quando ingerimos calorias em excesso, o nosso organismo sabiamente armazena uma parte na forma de glicose e "a maioria em gordura (triglicerídeos)" (ALMEIDA, 2006) para ser usada mais tarde. Por isso, alerta a autora, "alimentos ricos em açúcar podem elevar o nível de triglicerídeos." Até indivíduos com uma dieta pobre em gordura, açúcar e álcool podem apresentar altas taxas de triglicerídeos, por isso é aconselhável substituir essas calorias por gorduras monoinsaturadas como óleo de oliva, óleo de canola, óleo de amendoim e nozes.
Entretanto, Schiavo et al (2006) relatam que a hipertrigliceridemia é o distúrbio lipídico de mais fácil controle, pois seus níveis podem ser "satisfatoriamente controlados por mudanças nos hábitos de vida, dieta equilibrada, aumento da atividade física e restrição ao álcool" e, completam, raramente encontra-se hipertrigliceridemia isolada, sendo frequentemente acompanhada por aumento no colesterol total, no LDL e diminuição do HDL."
As taxas de triglicerídeos podem se obtidas através de exame de sangue, sendo os níveis normais, conforme a National Institutes of Health, abaixo de 150 mg/dl. Entre 150 e 199 mg/dl já existe um risco levemente aumentado. De 200 a 499 mg/dl é considerado alto e acima de 500 mg/dl, muito alto.
Então, podemos concluir que muito se deve ao nosso estilo de vida. Má alimentação aliada a falta de atividade física pode ocasionar desagradáveis manifestações no nosso corpo e, em casos extremos, levar à morte ou a invalidez.


REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Elisabete Fernandes. Triglicerídeos - você já ouviu falar, mas sabe o que é? Jornal Carreira & Sucesso, 289ª ed. 29/jan/2006.

National Institutes of Health. Triglyceride level.

SCHIAVO, Marli; LUNARDELLI, Adroaldo; OLIVEIRA, Jarbas Rodrigues de. Influência da dieta na concentração sérica de triglicerídeos. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, v. 39, nº 4, Rio de Janeiro: 2003.

SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Barueri, SP: Manole, 2ª ed., 2003.


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http://www.adaraguatins.org.br/2009/10/saude-triglicerideos-alto-informacoes-e-dicas.php


[1] Ácidos graxos, segundo Silverthorn (2003), são longas cadeias de átomos de carbono ligados a hidrogênios.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Exercícios melhoram a memória

Pesquisa feita nos Estados Unidos e divulgada pela agência FAPESP comprovou que exercícios físicos aeróbicos moderados podem melhorar a memória em idosos e diminuir o declínio cognitivo proveniente do envelhecimento.
Foi constatado, durante a pesquisa, que os participantes - adultos saudáveis na faixa dos 55 a 80 anos de idade - que caminhavam 40 minutos três vezes por semana, tiveram um aumento médio de 2,12% no volume do hipocampo esquerdo e de 1,97% no hipocampo direito
Segundo o diretor do Instituto Beckman na Universidade de Illinois os estudos são interessantes porque indicam que mesmo exercícios feitos em pequenas quantidades podem levar a melhorias significativas na saúde cerebral em adultos mais velhos.


Veja toda a matéria aqui.


Mais informações sobre o tema "Memória":
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