Cláudio Quintanilha Siqueira
Antigamente os mais velhos adoravam apertar as bochechas das crianças rechonchudas. Eram sinônimos de crianças bonitas e saudáveis, mas hoje é motivo de preocupação que leva alguns organismos nacionais e internacionais como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, 2003) a alertar que “A obesidade infantil já apresenta dimensões epidêmicas em algumas áreas [...] trata-se de um problema global que atinge os países em desenvolvimento de forma crescente.” (p.32), apresentando números que já sinalizam para que fiquemos alertas.
As crianças com menos de 5 anos obesas no mundo atinge o patamar de 17,6 milhões. Entre os 6 e 11 anos as crianças obesas mais do que dobraram desde a década de 1960.
A obesidade nos jovens de 12 a 17 anos aumentou de 5% para 13% entre os meninos e de 5% para 9% entre as meninas de 1966 a 1970.
Claro que queremos ver os nossos filhos bonitos e saudáveis, mas devemos ter em mente que o excesso de gordura é prejudicial na infância e na adolescência. O que antes eram problemas de adultos, hoje se manifesta também nos jovens, pois “O excesso de peso e a obesidade produzem efeitos metabólicos adversos sobre a pressão arterial, os níveis de colesterol e de triglicerídeos no sangue e a resistência a insulina.” (OPAS, 2003, p.32), aumentando a probabilidade de desenvolvimento do diabetes tipo 2 e hipertensão arterial mesmo antes da puberdade, conforme a Organização.
A modernidade nos induz a adquirir hábitos que podem ser prejudiciais à saúde. São infinitas as comodidades oferecidas pelos equipamentos cada vez mais sofisticados, além das ofertas de alimentos pouco saudáveis que invadem nossa casa, principalmente pela televisão que, de acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN, 2003) é um dos principais veículos de comunicação a desempenhar papel na disseminação de informações nas sociedades modernas, observando que os comerciais de TV podem alterar estilos de vida e contribuir “decisivamente para a formação de uma cultura alimentar, ditando preferências e hábitos alimentares.”, levando as pessoas a consumirem mais alimentos com “grande densidade energética com altos teores de açúcar e gorduras saturadas(1), ou excessivamente salgados” (OPAS, 2003, p. 9) influenciando, principalmente, as crianças e os adolescentes que, segundo estudos citados pelo CFN (2003), ficam cerca de 3 a 4 horas na frente da TV, favorecendo a obesidade.
A OPAS (2003) recomenda, entre outras, as seguintes estratégias para gerenciamento do peso:
• atividade física moderada por pelo menos 30 minutos diários;
• ingerir mais frutas e verduras, nozes e cereais integrais;
• diminuir a ingestão de alimentos gordurosos e açucarados;
• substituir as gorduras saturadas de origem animal por gorduras insaturadas derivadas de óleos vegetais.
De acordo com Silverstorn (2003) a atividade física e a contração muscular aumentam a taxa metabólica acima da taxa basal(2) e os atos de sentar e deitar consomem relativamente pouca energia e recomenda: “Remar em uma competição e pedalar estão entre as atividades que mais gastam energia.” (p. 647).
Então, o que podemos fazer para mudar esse quadro?
A OPAS (2003) afirma que está “cientificamente comprovado” (p. 8) que uma mudança nos hábitos alimentares e na atividade física pode influenciar fortemente vários fatores de risco para a obesidade. Claro que não é fácil tirar as crianças e os adolescentes da frente da TV ou do computador, mas nós, adultos, precisamos fazer a nossa parte e tentar mostrar para os jovens o lado bom e o ruim das coisas.
Que tal começar pelo exemplo?
Antigamente os mais velhos adoravam apertar as bochechas das crianças rechonchudas. Eram sinônimos de crianças bonitas e saudáveis, mas hoje é motivo de preocupação que leva alguns organismos nacionais e internacionais como a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, 2003) a alertar que “A obesidade infantil já apresenta dimensões epidêmicas em algumas áreas [...] trata-se de um problema global que atinge os países em desenvolvimento de forma crescente.” (p.32), apresentando números que já sinalizam para que fiquemos alertas.
As crianças com menos de 5 anos obesas no mundo atinge o patamar de 17,6 milhões. Entre os 6 e 11 anos as crianças obesas mais do que dobraram desde a década de 1960.
A obesidade nos jovens de 12 a 17 anos aumentou de 5% para 13% entre os meninos e de 5% para 9% entre as meninas de 1966 a 1970.
Claro que queremos ver os nossos filhos bonitos e saudáveis, mas devemos ter em mente que o excesso de gordura é prejudicial na infância e na adolescência. O que antes eram problemas de adultos, hoje se manifesta também nos jovens, pois “O excesso de peso e a obesidade produzem efeitos metabólicos adversos sobre a pressão arterial, os níveis de colesterol e de triglicerídeos no sangue e a resistência a insulina.” (OPAS, 2003, p.32), aumentando a probabilidade de desenvolvimento do diabetes tipo 2 e hipertensão arterial mesmo antes da puberdade, conforme a Organização.
A modernidade nos induz a adquirir hábitos que podem ser prejudiciais à saúde. São infinitas as comodidades oferecidas pelos equipamentos cada vez mais sofisticados, além das ofertas de alimentos pouco saudáveis que invadem nossa casa, principalmente pela televisão que, de acordo com o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN, 2003) é um dos principais veículos de comunicação a desempenhar papel na disseminação de informações nas sociedades modernas, observando que os comerciais de TV podem alterar estilos de vida e contribuir “decisivamente para a formação de uma cultura alimentar, ditando preferências e hábitos alimentares.”, levando as pessoas a consumirem mais alimentos com “grande densidade energética com altos teores de açúcar e gorduras saturadas(1), ou excessivamente salgados” (OPAS, 2003, p. 9) influenciando, principalmente, as crianças e os adolescentes que, segundo estudos citados pelo CFN (2003), ficam cerca de 3 a 4 horas na frente da TV, favorecendo a obesidade.
A OPAS (2003) recomenda, entre outras, as seguintes estratégias para gerenciamento do peso:
• atividade física moderada por pelo menos 30 minutos diários;
• ingerir mais frutas e verduras, nozes e cereais integrais;
• diminuir a ingestão de alimentos gordurosos e açucarados;
• substituir as gorduras saturadas de origem animal por gorduras insaturadas derivadas de óleos vegetais.
De acordo com Silverstorn (2003) a atividade física e a contração muscular aumentam a taxa metabólica acima da taxa basal(2) e os atos de sentar e deitar consomem relativamente pouca energia e recomenda: “Remar em uma competição e pedalar estão entre as atividades que mais gastam energia.” (p. 647).
Então, o que podemos fazer para mudar esse quadro?
A OPAS (2003) afirma que está “cientificamente comprovado” (p. 8) que uma mudança nos hábitos alimentares e na atividade física pode influenciar fortemente vários fatores de risco para a obesidade. Claro que não é fácil tirar as crianças e os adolescentes da frente da TV ou do computador, mas nós, adultos, precisamos fazer a nossa parte e tentar mostrar para os jovens o lado bom e o ruim das coisas.
Que tal começar pelo exemplo?
(1)Segundo o Ministério da Saúde brasileiro gordura saturada é um tipo de gordura que, quando ingerida, aumenta a quantidade de colesterol no organismo e está presente, principalmente, nos alimentos de origem animal. Ainda de acordo com o MS devemos sempre dar preferência às gorduras de origem vegetal e que são essenciais para o organismo.
(2)A taxa metabólica basal é o tanto de energia que o organismo necessita para manter-se quando estamos em repouso.
REFERÊNCIAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Atividade física. Disponível em http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=23618. Acesso: 23out2010.
CONSELHO FEDEREAL DE NUTRICIONISTAS. Parecer do CNF sobre obesidade. Disponível em http://www.cnf.org.br. Acesso: 24out2010.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Disponível em http://www.opas.org.br/sistema/arquivos/d_cronic.pdf. Acesso: 24out2010.
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. Barueri, SP: Manole, 2ª ed., 2003.
IMAGEM:
http://murall.com.br/como-evitar-a-obesidade-infantil/
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